Nas horas que antecedem a próxima reunião do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, o pessimismo dos investidores atingiu duramente o Bitcoin e o Ethereum.
Na manhã desta quarta-feira (1º), o BTC cai 5,8% e o ETH 4,1% nas últimas 24 horas. O preço do Bitcoin está flutuando em torno de US$ 57.730, enquanto o preço do Ethereum está estagnado em pouco menos de US$ 2.890, de acordo com dados do CoinGecko.
A volatilidade tem sido infernal para os traders de derivativos. Nas últimas 24 horas, US$ 457 milhões em posições futuras de criptomoedas foram liquidados, de acordo com a CoinGlass. E, sem grande surpresa, US$ 392 milhões dessas posições eram as que apostavam na alta dos ativos.
Os traders que abrem contratos futuros estão essencialmente fazendo apostas sobre a ação futura do preço. Ser longo em um ativo significa apostar que o preço subirá. E ser curto significa apostar que ele irá cair.
E não são apenas as blue chips como Bitcoin e Ethereum que foram impactadas. Os preços em queda têm sido generalizados em todo o mercado. Na verdade, entre as 100 principais criptomoedas em capitalização de mercado no CoinGecko, apenas alguns ativos escaparam do mar vermelho, excluindo stablecoins que conseguiram manter suas paridades, como USDT e USDC.
Reunião do Fed
O Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA publicará sua decisão sobre a taxa de juros às 15h (horário de Brasília) com o presidente do Fed, Jerome Powell, agendado para falar em uma coletiva de imprensa às 15h30.
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Em fevereiro, os investidores pareciam certos de que maio seria o mês em que o FOMC finalmente reduziria as taxas de juros — o que geralmente é um sinal otimista para ativos de risco como o Bitcoin.
Isso ocorre porque as taxas de juros mais baixas geralmente incentivam os traders a sair dos títulos do Tesouro dos EUA para buscar ganhos em ativos mais arriscados, como ações e criptomoedas.
A taxa de juros-chave do Fed atualmente está em alta, variando de 5,25% a 5,5%, e não é alterada desde julho de 2023, enquanto o banco central visa conter a inflação. Os formuladores de políticas têm observado de perto a inflação, que atualmente está em 3,5%, na esperança de aproximá-la de 2% antes de considerar reduções nas taxas. Mas isso está se tornando uma esperança distante, já que no mês passado a inflação aumentou para o maior nível desde setembro.
Os traders tiveram uma pequena dose de esperança em março, quando o Banco Central da Suíça anunciou que estava reduzindo as taxas de juros. “Há alguns meses, a inflação voltou a ficar abaixo de 2% e, portanto, na faixa que o SNB equipara à estabilidade de preços”, escreveu o banco central em sua decisão na época. Mas parece que o sentimento na Suíça não se espalhou para outros grandes bancos centrais.
Apenas um mês atrás, os traders pareciam certos de que o Fed poderia reduzir as taxas de juros em junho, de acordo com a ferramenta CME Fed Watch. Mas o sentimento azedou. Os traders não esperam ver o Fed reduzir as taxas de juros até dezembro — e mesmo assim é apenas uma maioria de 75% que parece sentir dessa forma.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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