O Bitcoin (BTC) atingiu seu valor mais alto da história na Argentina em meio a mais uma onda de sua longa crise, desta vez após o candidato de extrema direita, Javier Milei, vencer as primárias das eleições presidenciais do país e agitar a política nacional.
Durante o fim de semana, a maior criptomoeda do mundo em valor de mercado chegou a ser cotada na casa de 8,4 milhões de pesos, um patamar nunca antes visto. No acumulado do ano, o BTC já acumula ganhos de cerca de 190% nos preços em peso, contra alta de 78% em dólar.
Neste domingo (13), Milei, que é defensor do Bitcoin, e a sua coligação, La Libertad Avanza, obtiveram mais de 30% dos votos nas primárias presidenciais. Diante disso, nesta segunda, o Banco Central do país decidiu desvalorizar em 22% o câmbio oficial e travá-lo até as eleições, que ocorrem em outubro. Com isso, US$ 1 passa a valer 350 pesos.
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O BC argentino também elevou a taxa básica de juros em 21 pontos percentuais, para 118% ao ano, o mais alto patamar em 20 anos.
Milei se autoproclama economista libertário e já chamou o Bitcoin (e alguns de seus concorrentes, como Ethereum) de uma “devolução do dinheiro ao seu criador original: o setor privado”.
Ele também elogiou o fornecimento finito de Bitcoin e considera a criptomoeda uma alternativa mais segura à transação em ouro ou prata. Entre suas promessas de campanha está a “dolarização” da economia.
Vale lembrar que a Argentina tem várias cotações de dólar, sendo o dólar blue o mais conhecido no mercado paralelo, cotado acima de 600 pesos atualmente. Com isso, o país também viu disparar a adoção de criptomoedas pela população, que usa principalmente as stablecoins para tentar fugir da forte inflação e da oscilação cambial.
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