Base: Como a nova rede da Coinbase quer atrair milhões de aplicativos descentralizados 

Rede de segunda camada do Ethereum estreou nessa quarta já com mais de US$ 140 milhões de TVL; exchange insiste que não tem planos de lançar token nativo
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Imagem: Coinbase

A corretora de criptomoedas americana Coinbase lançou oficialmente nesta quarta-feira (9) a Base, sua rede de segunda camada do Ethereum, como parte de uma tentativa de impulsionar o desenvolvimento de milhões de novos aplicativos descentralizados.

Após meses de desenvolvimento, a Base chegou ao mercado por meio de um evento de lançamento chamado Onchain Summer, que deve se estender por cerca de 30 dias.

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Desde que foi anunciada, o entusiasmo em torno da Base tem sido forte e ela chega a esta quarta com pouco mais de US$ 142 milhões de valor total bloqueado (TVL) no ecossistema, um aumento de quase 52% no valor total bloqueado em relação à semana anterior, de acordo com a Dune Analytics.

“Acho incrivelmente emocionante que haja tanta energia e vontade das pessoas de usar a Base, mesmo antes de a lançarmos publicamente”, disse Jesse Pollak, diretor sênior de engenharia da Coinbase, em entrevista ao Decrypt.

Pollak caracterizou o lançamento da Base como parte de um plano mais ambicioso de trazer milhões de usuários adicionais para a blockchain, e fazer isso significa mostrar mais do que pode ser feito com a tecnologia, indo além do foco apenas em criptomoedas.

Parte desse esforço está sendo demonstrada com mais de 100 aplicativos descentralizados (dApps) que estarão disponíveis com o lançamento da Base, sendo uma parte deles criada por desenvolvedores que receberam acesso antecipado à blockchain no mês passado.

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Base não planeja token nativo

Ao contrário de outras redes de segunda camada, como Arbitrum e Optimism, Pollak insiste que a Coinbase não tem planos de introduzir nenhum token nativo na Base. Ele afirmou que tokens “distorcem” o que está sendo feito em uma rede, algo que a Coinbase prefere evitar em prol do foco em incubar desenvolvedores.

“Queremos que as pessoas vejam a Base como uma espécie de oportunidade para crescimento e expansão”, explicou Pollak. “Mas também acreditamos que é muito importante que incubemos e criemos uma comunidade nativa da Base, onde as pessoas que estão realmente construindo a base em primeiro lugar e criando para esse novo tipo de mundo possam se reunir.”

Ao não emitir um token, a Coinbase pode estar evitando um campo minado regulatório em um momento em que já está enfrentando sérias pressões legais. 

Em 6 de junho, a Coinbase foi processada pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) por supostamente operar como uma bolsa de valores não licenciada. A agência também acusou a Coinbase de oferecer com valores mobiliários não registrados, entre os quais estariam tokens populares como Solana (SOL), Polygon (MATIC) e Cardano (ADA).

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Pollak afirmou que o processo da SEC provavelmente não afetará o trabalho na Base, pois ele se concentra em áreas do negócio da Coinbase que não estão diretamente relacionadas ao ecossistema que ela está tentando fomentar.

“Essa busca é algo bastante separado e distinto das questões que a SEC está levantando em relação aos tokens e sua regulamentação”, disse Pollak, acrescentando que a Coinbase tem ficado “realmente encorajada” pelas mudanças legislativas e judiciais recentes em torno da regulamentação de criptomoedas, que ele espera que resultem em uma maior clareza regulatória no futuro.