Imagem de várias máquinas de mineração de criptomoedas
Foto: Shutterstock

A Receita Federal da Argentina (AFIP) apreendeu milhares de máquinas de mineração de criptomoedas após descobrir um esquema de superfaturamento em uma importação que saiu da China com destino à cidade de La Plata.

O caso ocorreu com uma importação recepcionada em Ezeiza, cidade da Grande Buenos Aires, onde fiscais descobriram uma diferença de US$ 5 milhões entre o valor da nota e os preços dos produtos praticados no mercado.

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De acordo com os agentes da Alfândega argentina, as 2.233 mineradoras de criptomoedas estavam avaliadas no documento de importação com uma média de US$ 10 mil cada. Segundo o site Infobae, após pesquisar sobre o preço de mercado dos equipamentos nos terminais da agência, os fiscais contabilizaram um montante diferente do anotado, de US$ 21,9 milhões.

“Os valores reais dos produtos, devido ao histórico de destinos alfandegários recentes, estão em uma faixa inferior à declarada nos destinos fiscalizados: US$ 5.770 a US$ 7.420. Além disso, das consultas às bases de dados públicas para compras deste produto, o preço também difere: USD 6.316 a USD 7.700″, explicou a Direção Geral de Aduanas, segundo a reportagem. “Com base nesses valores, estima-se o superfaturamento do total de importações em torno de US$ 5 milhões”, acrescentou.

O diretor da Alfândega, Guillermo Michel, ressaltou a importância da agência em “cuidar” dos dólares para a geração de empresas e criminalizar qualquer especulação financeira.

“A importação de máquinas de mineração de criptomoedas é de origem da China, mas são faturadas por uma empresa estrangeira, em uma típica manobra de triangulação”, comentou Michel.

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Contudo, ainda será feita uma perícia nos equipamentos para identificar as configurações dos dispositivos e então determinar o poder de mineração de cada máquina, “já que o custo de uma máquina está diretamente associado ao poder de gerar criptomoedas”, ressalta o texto. 

Fora isso, a Alfândega também está investigando as ligações entre um dos argentinos responsáveis ​​pela empresa sediada nos EUA, Limited Liability Company, bem como sua relação com funcionários dos bancos argentinos que lhe prestam atendimento.

O suposto esquema foi denunciado primeiramente pela AFIP após identificar diferenças cambiais muito altas em importações de mineradoras, supostamente com valor irregular e diferente ao valor de mercado.

O processo foi encaminhado para o Tribunal Penal Econômico Nacional de Buenos Aires, que deferiu o pedido de vistoria nos equipamentos.

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