A Dogecoin (DOGE) mais uma vez se beneficiou do efeito Elon Musk. O CEO da Tesla e homem do ano segundo a revista Time, revelou ao mundo nesta terça-feira (14) que a empresa irá ter artigos de merchandising que poderão ser comprados com Dogecoin. Isso fez o token decolar 15%, indo em caminho completamente oposto ao resto do mercado.
Já o Bitcoin registra queda de 3,7% nas últimas 24 horas, segundo dados do Coinmarketcap. No momento da redação deste texto é cotado a US$ 47.007 (mas chegou a bater US$ 45.894 e, também, um teto de US$ 49.000).
No Brasil, preço está em R$ 269.556, conforme mostra o Índice do Portal do Bitcoin.
A queda em sete dias é de pouco mais de 8% e o valor de mercado total do Bitcoin está em US$ 888,9 bilhões.
Analistas apontam para ações no mercado financeiro tradicional como principais causas para a queda. O Federal Reserve Bank (FED), Banco Central dos Estados Unidos, irá começar a aumentar a taxa de juros no ano que vem para combater uma inflação que o país não vê fez muito tempo.
A política de juros baixos foi um dos fatores que fizeram o mercado de criptomoedas bater recorde de alta neste ano.
Ethereum sofre ainda mais
O Ethereum (ETH) sofre queda ainda mais forte, flutuando entre desvalorização de 4,5% e 5%. Sua cotação no momento é US$ 3.809; em reais está em R$ 21.629 segundo Indíce do Portal do Bitcoin.
Nas últimas 24 horas o token chegou a superar a barreira dos US$ 4.000, mas logo cedeu e voltou para patamar abaixo.
O valor de mercado do Ethereum está em US$ 450,5 bilhões.
Musk faz Dogecoin decolar
Entre as 20 criptomoedas com maior valor de mercado, apenas uma apresenta valorização nessas últimas 24 horas. E não é pouca coisa. O Dogecoin (DOGE) vem tendo uma alta entre 15% e 20% nesta terça-feira (14), sendo negociado a US$ 0,19.
Elon Musk disse em seu perfil de Twitter que a Tesla irá aceitar Dogecoin para a compra de alguns produtos de merchandising. Foi o combustível para o foguete decolar.
Altcoins em queda
Todas as outras altcoins do topo da lista estão em queda.
Desvalorização de 4,8% para Binance Coin (BNB), 6,6% para Solana (SOL), 5% para Cardano (ADA), 3,64% para XRP, 7% para Polkadot (DOT), 5,2% para Avalanche (AVAX), 2,9% para Shiba Inu (SHIB), 5,6% Crypto.com Coin (CRO), 5,7% Polygon (MATIC), 2,8% para Wrapped Bitcoin (WBTC), 3,5% para Litecoin (LTC), 6,36% para Uniswap (UNI).
Inflação nos EUA
O jornal The New York Times noticiou no final de outubro que os investidores em títulos do governo dos Estados Unidos passaram a acreditar que a inflação será permanente e não temporária, como inicialmente pensavam.
Um dos medidores chave para detectar como pensam os investidores é a taxa chamada de “break even”. No final de outubro ela bateu em 3%, o que significa que esse grupo entende que a inflação nos EUA será de 3% ao ano nos próximos cinco anos.
Para o leitor brasileiro isso soaria como boa notícia. Mas para os Estados Unidos isso significa uma alta de preços muito maior do que em qualquer período da década que antecedeu a pandemia do covid-19.
“As expectativas dos investidores em títulos são importantes porque, historicamente, o Federal Reserve — responsável por administrar a inflação — observa os sinais do mercado de títulos ao decidir quando aumentar as taxas de juros”, explica o jornal em sua reportagem.