Imagem da matéria: Empresa dos Emirados Árabes faz uma das maiores compras de máquinas de mineração de bitcoin da história
Foto: Shutterstock

Munaf Ali, fundador e CEO da Phoenix Tech, empresa de tecnologia com sede em Dubai, nos Emirados Árabes, afirmou nesta terça-feira (09) que a companhia fez um pedido de US$ 650 milhões em máquinas de mineração de bitcoin da Bitmain, o que pode ser uma das maiores compras da história. 

Conforme descreve a reportagem do Coindesk, o comunicado foi feito durante o World Digital Mining Summit, evento patrocinado pela Bitmain que teve início nesta terça e vai até quarta (10). Tanto a Phoenix Tech quanto a Phoenix Store são parceiras da Bitmain, maior empresa de mineração de bitcoin do mundo.

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Além das máquinas de mineração, cujos lotes vão começar a ser entregues em 2022, a Phoenix Tech também vai fazer um pedido de US$ 2 bilhões em circuitos integrados específicos para programação das Asics, disse o diretor.

Ainda segundo o Coindesk, o centro de mineração da Phoenix Tech deverá consumir mais de 600 Megawatts de eletricidade e se expandirá ainda mais para alcançar 1,4 GigaWatts nos próximos 18 a 24 meses, disse Ali.

Descentralização

A iniciativa da Phoenix Tech traz mais descentralização do bitcoin, pois insere os Emirados Árabes Unidos no mapa global da mineração, conforme as palavras de Darin Feinstein, cofundador e da Core Scientific, uma das maiores clientes da Bitmain. Após o anúncio de Alli, Feinstein parabenizou a companhia pela nova empreitada, ressaltou a reportagem.

Por sua vez, a Bitmain deve anunciar seu novo parceiro de mineração durante a conferência na quarta-feira, disse Xiaotong Li, diretor de vendas da região dos Emirados Árabes Unidos.

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Mineração de Bitcoin

A mineração de bitcoin é o processo de criar novas moedas ao solucionar quebra-cabeças matemáticos e complexos com a ajuda de software específico instalado no computador dos usuários.

Mineradores competem entre si para verificar transações e acrescentá-las ao blockchain, obtendo recompensas por seus esforços e recursos gastos.

Recentemente, a ausência da China no mapa mundial de mineração de bitcoin teve um impacto positivo na descentralização dessa atividade.

Os Estados Unidos garantem a primeira posição, com uma participação de mais de 35% do mercado, seguidos da Rússia e do Cazaquistão com 18% e 11%, respectivamente. Os dados são do início do mês.