Imagem da matéria: Site monitora quanto de Ethereum é destruído a cada bloco minerado
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O ethburned.info, um explorador da blockchain do Ethereum lançado nesta quinta-feira (5), monitora quantos ETH são destruídos a cada novo bloco minerado na rede — algo inédito que foi introduzido no hard fork ‘London’.

A nova versão do Ethereum determina que o token usado pelo usuário para pagar as taxas de transação seja queimado ao invés de ir para os mineradores, como era feito até então.

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O rastreador mostra que em quase três horas que o novo sistema está ativado, cerca de 878.943 ETH já foram destruídos, o equivalente a US$ 2,4 bilhões na atual cotação da moeda. De acordo com o volume de atividade na rede desta quinta, a média é de que 4.1 ETH está sendo queimado por minuto. 

Ethereum destruídos
A média é de que 4.1 ETH está sendo queimado por minuto. (Fonte: ethburned.info)

A queima de tokens vem para conter a inflação da moeda já que a cada novo bloco minerado, 2 ETH são colocados em circulação na forma de recompensa aos mineradores. 

Ter uma forma de frear o fornecimento ilimitado pode ajudar a fortalecer a criptomoeda que é hoje a segunda maior do mundo, com um valor de mercado de US$ 327 bilhões.

A escassez do seu principal concorrente, o bitcoin, que determina que só existam 21 milhões de tokens no mundo, é uma das características mais atraentes da moeda aos olhos dos investidores. Atualmente, a taxa de emissão anual do Ethereum é de cerca de 4%, enquanto a do Bitcoin é menor, ficando em torno de 1,8%.

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Um novo sistema de taxas

Agora os usuários de Ethereum ou de algum aplicativo descentralizado (dApp) baseado no ecossistema, pagam apenas uma taxa básica para custear suas transações, determinada pela própria rede. Segundo dados do Etherchain, o custo médio da tarifa está em torno de 61 GWei nesta quinta-feira.

A melhoria EIP-1559 introduziu um algoritmo que se tornou responsável por regular um preço mínimo de gas, medidas em GWei, que aumenta quando o mercado estiver movimentado e diminui quando ele estiver mais calmo.

Não significa que a melhoria vai derrubar os custos de se usar o Ethereum — a rede ainda só consegue processar um número limitado de transações por vez —, mas vai tornar as taxas menos voláteis, além de evitar que mineradores provoquem um congestionamento deliberado na rede.

Para compensar essa perda de receita dos mineradores, o EIP-1559 trouxe as “taxas de inclusão”, uma espécie de gorjeta que o usuário pode optar pagar, além da taxa básica,  para que os mineradores priorizem sua transação e a adicione o mais rápido possível no próximo bloco.