A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou na manhã da quarta-feira (21) uma operação contra uma quadrilha que agia junto ao Departamento de Trânsito de Goiás (Detran-GO) e que pagava propina a servidores para fraudar o sistema de emissão de documentos. Uma parte do dinheiro recebido ilegalmente pelos funcionários públicos era convertido em criptomoedas para ocultar o crime.
Segundo a polícia, durante a ação foram cumpridas 10 ordens judiciais, sete mandados de busca e apreensão e três ordens de afastamento da função pública. No total, quatro pessoas foram indiciadas, sendo duas despachantes, um vistoriador e uma servidora do Detran.
A operação, batizada de ‘Operação Tríade’, contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Planaltina.
As duas despachantes credenciadas ao órgão pagavam propina para os servidores para conseguirem a liberação de documentos de forma legal, ou seja, sem que os veículos cumprissem os requisitos legais, como a vistoria.
As investigações da PCGO concluíram que a propina era convertida em criptomoedas tanto para ocultar quanto para dificultar o rastreamento do dinheiro recebido de forma criminosa. O órgão investiga o caso como “crime de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro”.