A corretora brasileira Braziliex, que comunicou o encerramento das atividades no final de maio, anunciou nesta quinta-feira (17) que ampliou o prazo para saques em reais e em criptomoedas até o dia 25 de junho. A data inicial era até amanhã.
Retiradas a partir do dia 26 não serão efetivadas por causa do término da infraestrutura de blockchain, disse a empresa em comunicado.
Investidores que perderem o prazo, segundo a nota, terão a chance de recuperar os recursos, mas com conversão de acordo com cotação oferecida (valor não foi citado), além de taxas de saque de R$ 120. Valores menores que esse serão perdidos:
“A partir de 26/06 os saques poderão ser realizados apenas em reais mediante conversão obrigatória das criptomoedas de acordo com a cotação oferecida pela plataforma e a taxa de saque passa a ser de R$ 120”.
“Valores inferiores a R$ 120 não poderão ser sacados e serão debitados como tarifa de encerramento da conta. Além disso, iniciaremos, a partir desta data, cobrança de taxa referente à custódia de todas as moedas conforme o item 8 sobre deslistagem de moedas em nosso Termos de Uso”.
Fechamento
A Braziliex, que estava em funcionamento no Brasil desde o início de 2017, anunciou no final do mês passado o encerramento das atividades.
No comunicado oficial, a exchange disse que o motivo do fim das operações era o risco de atuar no Brasil, que “se torna ainda maior diante da entrada de novos concorrentes, bem como as incertezas existentes pela falta de regulamentação”.
A empresa não citou nomes de concorrentes. A corretora Binance, no entanto, foi o principal player a chegar no Brasil e a movimentar o mercado, tirando parte da clientela das exchanges pequenas.
A Braziliex, por exemplo, negociava 480, 600 e até 720 bitcoins por mês no primeiro semestre de 2020, segundo dados do CoinTraderMonitor. Com a entrada da corretora fundada na China, o volume caiu, e a média registrada entre janeiro e abril deste bateu nos 274 BTC mensais.
Em entrevista concedida ao Portal do Bitcoin no mês passado, o sócio-fundador da empresa, Ricardo Rozgrin, disse que “plataformas melhores, maior liquidez e taxas menores fazem com que uma base relativamente grande de clientes se movimentem nessa direção”.