Governo da Argentina investiga se Diário Oficial baseado em blockchain foi hackeado
Foto: Dennis Fidalgo/Flickr

Dentre os países do G20, a Argentina deverá ser o país com a maior recessão em 2020, conforme indicado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) na terça-feira (01).

A Argentina tem uma queda de PIB prevista de 12,9% pela organização internacional. De acordo com o jornal Clarín, a queda deverá ser a maior dentre todas economias pertencentes ao G20, baseando-se no relatório de perspectivas semestral da OCDE.

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A organização internacional prevê as variações de PIB em cada relatório anual, com previsões também para o ano seguinte. Em 2019, a queda prevista para o PIB argentino era de 11,2%, mais baixo do que o previsto para esse ano no relatório atual. 

O mesmo relatório também constata uma grande melhora para o país vizinho em 2021, com crescimento previsto em 3,7% e de 4,6% em 2022, conforme apontou a apuração do Clarín.

A Argentina pode ser detentora do maior recuo, mas dentro do G20 há muitas outras recessões previstas pela OCDE. Os outros piores resultados econômicos ficam com a Espanha (-11,6%), Reino Unido (-11,2%), Grécia (-10,1%) e Índia (-9,9).

Avanço da COVID-19

Como argumentação, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico aponta que a maior recessão dentre os G20 está diretamente atrelada ao avanço da pandemia de COVID-19 no país. 

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Crescentes desequilíbrios macroeconômicos e as medidas prolongadas para conter o avanço da epidemia estão diminuindo o ritmo de recuperação da economia argentina, com um lockdown que bloqueou completamente o turismo doméstico e internacional no país.

De acordo com a entidade, a melhora gradual desse quadro pandêmico e levantamento de medidas restritivas irão permitir uma mais acelerada recuperação do consumo, do turismo e do investimento.

O déficit fiscal também foi outro elemento apontado, questão que adiciona mais pressão à inflação já problemática. O relatório também alerta que as falências e perda de empregos aumentarão quando expirarem os subsídios para o pagamento de salários e a proibição de demissões. 

Contudo, a OCDE recomenda uma estratégia nacional para evitar um novo confinamento frente a uma possível e provável segunda onda de infecção, tendo em vista os efeitos regressivos que medidas governamentais atuais tem na economia a fim de conter o COVID-19.

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No final de novembro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) apontou que a Argentina também está entre os dez países do mundo com maior inflação (36% ao ano) ao lado de nações como Venezuela (6.500%) e Zimbábue (495%).