Durou menos de 20 dias a parceria do Nubank com a Chico Rei numa ação de venda de produtos que levava a marca do ‘roxinho’. O lucro, como foi anunciado, seria revertido a dois projetos sociais; um focado na inclusão de pessoas negras na área de tecnologia, outra na de pessoas transgênero.
No entanto, a ação recebeu uma série de críticas nas redes sociais num debate que revelou elogios e reprovação acerca de um argumento do Nubank.
A empresa disse que para criar a ação foi considerado o interesse da comunidade em adquirir os produtos. E precaveu-se ao afirmar que o banco digital não viraria uma marca de moda.
Empresa falou sobre fim da parceria
Procurada nesta quarta-feira (28) para comentar o assunto, a assessoria da Chico Rei confirmou que o fim da parceria ocorreu no dia 21/10 e em comum acordo com o Nubank e a venda dos produtos foi suspensa.
Em nota — em consonância com a fintech — a Chico Rei escreveu.
“Reafirmamos, em cumprimento ao compromisso firmado no anúncio da parceria, que o Nubank irá destinar aos projetos AfroPython e EducaTRANSforma os valores referentes ao lucro (royalties) obtido durante o período das vendas”.
Disse ainda que a empresa se compromete a seguir apoiando as iniciativas acima e reafirma seu compromisso com causas sociais, com esforços contínuos nessa direção.
Sobre o valor das vendas enquanto durou a ação e qual o valor seria doado às instituições, as empresas disseram que “não abrem os dados”.
Nubank recebeu várias críticas
No mesmo dia do anúncio vieram as primeiras críticas e elogios acerca da ação. No Linkedin, a influencer e consultura LGBT+ Maira Reis expôs sua opinião.
“Da série: como fazer propaganda de graça para uma empresa milionária e ainda pagar para ela”, escreveu.
Nos comentários, o usuário Caio Henrique Oliveira Andréa não viu nada demais. A contrário de Reis, ele disse que amou a ação e ironizou:
“Tô fechando meu carrinho de compras aqui, já volto”.
Reis rebateu:
“O problema é o discurso de marketing, é dizer que a comunidade pediu ao invés de assumir o protagonismo da ação. O problema é você ter grana para bancar um projeto social, mas jogar para o seu consumidor pagar a sua ação e voltar para você o branding”. O assunto também entrou em debate no Facebook e Twitter.