Os bancos digitais Nubank e Inter e a empresa de crédito Creditas estão entre as 50 fintechs mais inovadoras do mundo em 2019, de acordo com estudo elaborado pela consultoria KPMG.
As companhias são avaliadas considerando três fatores: inovação, atividades de levantamento de capital e alcance do negócio.
Além do “top 50” das fintechs, a KPMG lista outras 50 companhias consideradas emergentes. São empresas que estão na vanguarda em termos de tecnologias e práticas inovadoras, em geral buscando novos modelos de negócio.
Juntas, as cem fintechs mencionadas atraíram um total de US$ 18 bilhões em aportes nos últimos 12 meses. Segundo o estudo, esse investimento é fundamental para fomentar o desenvolvimento e a inovação no setor.
Entre as fintechs citadas, a maior parte delas atua com meios de pagamento e transações, uma tendência que também é notada no mercado brasileiro.
Trio brasileiro
Em 16º lugar, o Nubank aparece pelo segundo ano seguido na lista – ocupava a sétima posição em 2018. O estudo destacou, entre outros pontos, a expansão internacional da empresa, que abriu escritórios no México e na Argentina.
Em julho, o Nubank recebeu ainda aporte que a transformou na startup mais valiosa da América Latina, avaliada em US$ 10 bilhões. Também se tornou a primeira brasileira a alcançar tal cifra sem recorrer à abertura de capital
Já o Banco Inter estreia no ranking da KPMG no 28º posto. Ele é descrito como “primeiro banco 100% digital e o único a oferecer uma conta totalmente livre de tarifas”.
Entre outros movimentos no mercado brasileiro, o Inter deseja entrar na guerra das maquininhas de pagamento até o começo de 2020. Com o novo passo, vai enfrentar empresas como Cielo, Stone e PagSeguro.
A empresa de empréstimos digital Creditas é outra brasileira estreante no ranking, na 41ª posição. Fundada em 2012, é destacada como a “principal plataforma digital de empréstimos com garantias – por veículos e imóveis.
Desde janeiro de 2019 a Creditas conta com autorização do Banco Central para operar como banco. O processo foi facilitado pelas regras em vigor desde 2018 que regulam a atuação de fintechs de crédito no país.
Estrelas emergentes
O estudo da KPMG também lista uma série de empresas como “emergentes”. Dentre elas consta a brasileira Rebel, que atua com empréstimo pessoal online.
No mercado desde 2016, a Rebel é destacada no estudo como uma fintech que oferece aos consumidores um sistema que mostra, de forma transparente, qual o perfil de crédito do cliente.
Em seus serviços, a Rebel também sugere etapas que visam melhorar a saúde financeira de quem recorre a um empréstimo.
Domínio Ásia/Pacífico
O relatório da KPMG dá destaque para a região classificada como Ásia/Pacífico, que concentra a maior parte das empresas mencionadas nos dois rankings (43, no total).
Companhias de países como Vietnã, Singapura, Indonésia, Camboja e Tailândia figuram ao lado de negócios sediados na China, Japão, Austrália e Coreia do Sul.
A China, aliás, continua a mostrar força no setor de fintechs. O gigante global tem dez empresas citadas no estudo, sendo que três delas estão no chamado “top 10” do ranking: Ant Financial, JD Digits e Du Xiaoman Financial.
Na lista geral, os Estados Unidos figuram como o país com mais fintechs mencionadas no estudo (15). Em seguida aparecem Reino Unido (11), China (10), Índia (8) e Austrália (7).
A presença das fintechs indianas, inclusive, é um dos destques do relatório da KPMG. Com mais de 1 bilhão de habitantes, sendo 583 milhões vivendo em regiões urbanas, seu mercado é considerado um campo vasto a ser explorado.
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