O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus a Danilo Vunjão Santana Gouveia, mais conhecido como Danilo Santana, criador da pirâmide financeira com bitcoin, a D9 Clube de Empreendedores.
Danilo Santana, que hoje se apresenta nas redes sociais como ‘Dubaiano’, é acusado de crime contra a economia popular, estelionato e lavagem de dinheiro.
O esquema montado por ele teve a participação de Danter Silva, da Unick Forex, uma pirâmide financeira disfarçada de plataforma de cursos.
Ambos, porém, entraram na mira da Justiça por organizações criminosas distintas, mas que tiveram o mesmo desfecho — alguns investidores ganharam muito; a maioria perdeu tudo.
Na decisão do Habeas Corpus 483.346/RS, datada de 10 de dezembro, a Sexta Turma do STJ entendeu que as medidas cautelares alternativas à prisão, sugeridas pela defesa de Danilo, não se mostraram adequadas e suficientes para evitar novas prática ilícitas.
A defesa então entrou com um recurso. Essa ação levou o ministro relator, Rogerio Schietti Cruz, a caracterizá-la como “mera reiteração de pedidos e já em processamento o anterior”. Isso porque já seria o segundo HC em nome do acusado.
“Não se pode processar o novo writ em duplicidade, em verdadeiro tumulto processual”, explicou Cruz.
Sendo assim, no dia 14 de dezembro o STJ manteve a decisão e Danilo segue como foragido da Justiça brasileira.
Elo entre Danter e Danilo
No mesmo processo, aparece também o ex-diretor da Unick Forex, Danter Navar da Silva, que nos autos figura como corréu.
Danter Silva está preso desde o mês passado. Ele figura como um dos líderes da Unick que foi difundida em vários estados do Brasil prometendo dinheiro fácil a investidores.
Entretanto, ele também é parte do processo movido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul contra a D9.
Ainda não está claro se Danter sabia de todo o esquema montado por Danilo, mas sua participação é certa, segundo o MP — Ele supostamente captava clientes para o negócio de Danilo Santana.
Contudo, tanto Danter como Danilo terão que responder pelo dano causado a milhares de pessoas.
Unick e D9
As autoridades estimam um prejuízo de aproximadamente R$ 200 milhões aos investidores da D9. Na Unick, só o que foi apreendido pela polícia em uma operação já dá esse valor — o negócio pode ter movimentado cerca de R$ 28 bilhões.
O suposto maior líder do esquema Unick, acima até mesmo de Leidimar Lopes, já está na mira da polícia. Se comprovada uma participação efetiva do suspeito, o caso agora poderá ser mais aprofundado — e a Justiça precisa encontrar fundos para ressarcimento de vítimas.
Já ‘Danilo Dubaiano’ — nome que ele adotou em recente carreira na música — é considerado foragido da justiça brasileira devido a um pedido de prisão preventiva em seu nome. Mas ele segue solto e distante das autoridades brasileiras.
Não bastasse, o aspirante a pop star que supostamente pediu ‘liberdade’ para vir divulgar seu DVD no Brasil, atualmente desfruta de uma vida de luxo em Dubai, nos Emirados Árabes.
É uma situação bem diferente de quando ele levava uma vida simples e provavelmente honesta em sua cidade natal, Itabuna, na Bahia — Daí vem ‘dubaiano’, mistura de Dubai com baiano. Lá ele trabalhava com instalação de portões, conforme descreveu uma reportagem da Folha.
Porém, o negócio ilícito com a D9 deu muito certo para ele, mais ainda quando deu calote em milhares de pessoas que acreditaram na promessa de rendimentos na casa de 30% ao mês.
Os investidores vieram de todas as partes do Brasil — da classe trabalhadora, do ramo artístico, do esporte. Não tão diferente dos clientes da Unick. É até provável que muitos tenham caído em ambos os golpes.
‘De Dubai para o Brasil’
Danilo ficou famoso com a D9. O golpe era disfarçado em site de apostas e o Bitcoin era o chamativo para as pessoas ficarem ricas.
Ele ganhava tchauzinho nas redes sociais de celebridades brasileiras. Mas isso não acabou. ‘Danilo Dubaiano’ já tem novas personalidades parceiras em seu novo portfólio.
Danilo reuniu várias artistas conhecidos do cenário da música brasileira para participarem do seu DVD. O projeto se chama “Dubai to Brazil” e talvez esteja aí nesse título o desfecho de toda essa história — ‘De Dubai para o Brasil’.
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