Erro 522: eis a única informação encontrada nos endereços das páginas das corretoras do Grupo Bitcoin Banco (GBB), que completam nesta terça-feira (3) uma semana fora do ar.
Segundo a assessoria de imprensa do GBB, as plataformas das corretoras Tem BTC, NegocieCoins e NegocieCoins PRO saíram do ar no último dia 26 de novembro para manutenção. O site do Bitcoin Banco permanece operante.
Procurada novamente nesta terça, a assessoria do GBB não deu previsão de restabelecimento dos sites das corretoras.
No início de novembro o Bitcoin Banco entrou com pedido de recuperação judicial para todas as empresas. O movimento pode ter sido uma tática para “congelar”, reorganizar e parcelar as dívidas com os credores.
Por esse motivo, a saída do ar das plataformas do grupo Tem BTC, NegocieCoins e NegocieCoins PRO chama ainda mais a atenção.
A suposta ação de “congelamento” ficou mais evidente ainda porque o pedido de recuperação aconteceu dias após um outro, dos clientes, que pedirem judicialmente a falência do grupo.
Bitcoin Banco deve R$ 600 milhões
Em 27 de novembro passado, a Justiça do Estado do Paraná acatou o pedido e concedeu a recuperação judicial das empresas do grupo. O GBB alega dever mais de R$ 600 milhões aos clientes, que já estão há quase seis meses com dinheiro retido pela empresa.
A decisão ainda atingiu os credores do GBB. Iss porque a Justiça também aceitou a suspensão de todas as ações e execuções movidas contra o Bitcoin Banco. Na prática, significa que quem já ganhou ações contra a empresa não receberá o dinheiro.
Os clientes são contra o pedido de recuperação judicial do GBB. Eles acreditam que o grupo não tem como se reerguer, uma vez que não tem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar, sendo inclusive notificado pela autarquia.
Caso seja aceita, a falência poderia forçar a empresa a abrir as suas contas.
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