Uma nova tendência do Hip-Hop e Rap americano, mais precisamente em Atlanta, na Geórgia, é ouvir as músicas do rapper Teejayx6. Através de seus versos, ele conta seu passado recheado de golpes com cartão de crédito e bitcoin.
“Quando for investir em bitcoin, você não pode ser mesquinho, cara”, diz um trecho de ‘Swipe Lesson’, música que faz parte do álbum ‘Method’. O rapper também escreveu ‘Dark Web’, ‘Swipe Lesson 2’, ‘Blackmail’, entre outras — todas na mesma linha.
Sua estratégia para golpes é basicamente em três passos: Pegar Bitcoin; baixar VPN; operar em local seguro. De acordo com as letras de suas músicas, é desta forma que ele enganou pessoas e empresas.
Antes de se tornar rapper, o adolescente de Michigan, já sabia como enganar adultos no Twitter — isso quando tinha 12 anos.
Agora aos 18, ele lidera movimento de MCs de Detroit que se gabam de fazer fraudes financeiras com cartões de crédito e criptomoedas, diz a reportagem do O Globo.
“Se você não tem dinheiro, mano, confie em mim, você não vai se estressar”, diz um trecho da letra de ‘Swipe story’ (lição de furto). A nova tendência está sendo chamada de ‘scam rap’.
Essa vertente do rap já existe há alguns anos. Segundo a reportagem, o rapper Bossman Rich já falava de fraude com criptomoedas em 2017.
No mesmo passo segue Teejayx6, uma espécie de rap Robin Hood para a era do bitcoin, visto que a empresa que aparece na ‘obra’ é a gigante de varejo Walmart.
Bitcoin, VPN e local seguro
No vídeo, que já ultrapassa um milhão de visualizações, Teejayx6 ensina como aplicar golpes com cartões de crédito e depois negociar com bitcoin usando identidade falsa e uma rede privada de internet (VNP).
De acordo com o site britânico Vice, quando o jovem aplicava golpes, em um dia ruim ele roubava pelo menos R$ 200 (US$ 50) num dia bom, cerca de R$ 8 mil (US$ 2 mil).
“Eu criava páginas falsas e por lá vendia Xboxes e TVs por US$ 500”, disse à reportagem. Segundo o The Fader, o jovem golpista enganou até a própria avó e um jogador famoso de basquete.
No vídeo de ‘Swipe story’ ele conta sobre os feitos e também os efeitos na hora de comprar com cartão roubado.
“O caixa me olha estranho. Se me pergunta algo, eu gaguejo, mas no final tudo vai estar dentro do carro”, diz um trecho de seu rap.
Rapper não faz show
Em entrevista ao site Pitchfork, o jovem rapper disse que tem se preocupado com possíveis investigações sobre suas atividades.
“Tudo o que eu fiz já foi. Eles não podem me pegar em nada agora. E eu nunca pararia de fazer raps sobre fraudes, a menos que fosse forçado”.
Questionado se faria um show em Detroit, ele disse: “Nunca”.
“É muito perigoso. Michigan está realmente reprimindo identidades falsas e cartões de crédito. Eu provavelmente receberia US$ 5 mil por show, mas esse valor no mundo dos golpes não é nada”, explicou.
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