Preso desde agosto do ano passado nos EUA, Marcos Elias, analista de investimentos que ajudou a fundar a Empiricus, foi condenado a 3 anos e 6 meses de prisão por fraude de US$ 750 mil (cerca de R$ 2,9 milhões).
A sentença foi publicada pelo Procurador americano Geoffrey S. Berman, na página do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) em 25 de julho.
“Usando uma identidade roubada e documentos falsos, Marcos Elias contratou a empresa de seu amigo para transferir mais de US$ 750.000 para uma conta em nome de uma empresa falsa que ele controlava”, escreveu o Procurador, acrescentando:
“Em vez de gozar de seus ganhos ilícitos, ele passará os próximos três anos e meio na prisão por conta de seus crimes”.
Elias, que além da Empiricus tem passagens por empresas como Gas, Link e Bozzano, vai cumprir a pena em regime fechado. Depois disso, mais três anos em liberdade condicional. Ele confessou o crime de conspiração no início de fevereiro deste ano.
Na ocasião, o DoJ explicou com a seguinte publicação:
“Como ele admitiu hoje, Marcos Elias se envolveu em um sofisticado esquema de fraude do Brasil para roubar mais de US$ 750.000 de uma instituição financeira de Manhattan. Ele cometeu esse crime verdadeiramente internacional por meio de uma empresa de fachada no Panamá, uma conta bancária em Luxemburgo e usando a identidade roubada de um correntista brasileiro”.
Primeira polêmica tem uma década
Formado em engenharia mecatrônica pela Universidade de São Paulo (USP), Elias passou por estágio e vários empregos na área financeira. Ele criou sua própria empresa, a gestora de fundos Galleas, onde aconteceu a primeira polêmica envolvendo o investidor.
Diante da crise financeira nos EUA após a quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008, Elias fechou os portfólios para resgate e a Galleas permaneceu bloqueada por seis meses.
Ex-Empiricus
Na Empiricus, como chefe de pesquisa, escreveu relatórios considerados polêmicos pelo mercado ao adotar uma linguagem agressiva em seus comentários. Um deles foi alvo de processo que o fez perder a licença por 12 meses.
Ele deixou a empresa em 2012 alegando ter sido pressionado a sair. Cinco anos mais tarde, Elias processou a Empiricus. A ação poderia, então, indenizá-lo em até R$ 10 milhões, o que representaria o valor da venda de sua participação, conforme requereu.
Em julho do ano passado a Ação foi considerada extinta em despacho assinado pela juíza da 21ª Vara Cível, Maria Carolina de Mattos Bertoldo.
Compre criptomoedas na 3xBit
Inovação e segurança. Troque suas criptomoedas na corretora que mais inova do Brasil. Cadastre-se e veja como é simples, acesse: https://3xbit.com.br