A Polícia Federal (PF) deflagrou a ‘Operação Singular’ nesta quarta-feira (04) em três estados brasileiros para apurar crimes de fraude bancária eletrônica, como roubo de dados de cartões de crédito e sua posterior revenda.
A ação, que tinha como objetivo prender cibercriminosos que furtavam dados de pessoas e de empresas através da internet para aplicação de golpes, também descobriu outro tipo de fraude. Um dos hackers cobrava um valor em criptomoedas para ‘aprovar’ candidatos no exame da OAB (Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil).
A organização criminosa, que agia em âmbito nacional, foi identificada por meio de “modernas técnicas de investigação digital no ambiente da deepweb desenvolvidas pela PF”, disse em comunicado a instituição.
De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão preventiva em São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará e apenas um dos investigados permanece foragido.
Fraude em concurso da OAB
Uma das ações fraudulentas identificada pela PF deu-se após um dos os investigados ter invadido a rede de computadores de uma grande empresa responsável pela elaboração de concursos, como o exame da OAB, que é realizado três vezes por ano.
Segundo a polícia, com informações sigilosas em mãos, os criminosos “cobravam valores em criptomoedas para aprovar candidatos que conseguissem chegar à segunda fase do certame” da OAB.
A polícia ainda não informou qual a criptomoeda e qual era a quantidade exigida pelo investigado, bem como qual é a empresa organizadora de concursos.
De acordo com o comunicado, o crime de formação de organização criminosa prevê pena de 3 a 8 anos de reclusão, o de furto de cartões de 2 a 8 anos de prisão e o de crime de invasão de dispositivo informático, de 1 a 4 anos.
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