Daniel Alves, Willian e Paulinho, que já defenderam a Seleção Brasileira de Futebol, estão promovendo a criptomoeda Kick Soccer Coin (KSOC), um projeto bastante semelhante ao que Ronaldinho Gaúcho promoveu no passado e que não vingou.
A empresa diz que a criação do projeto deu-se devido a burocracias impostas pela FIFA. Com a criptomoeda, a instituição promete solucionar problemas e revolucionar o futebol, com pessoas de todo o mundo participando das transações.
Os três craques já gravaram vídeos promocionais onde se apresentam como embaixadores da Kick Soccer Coin. No entanto, não se sabe ao certo qual o verdadeiro envolvimento com o projeto, se apenas garotos-propaganda ou acionários.
Segundo o site, pelo menos uma empresa está envolvida diretamente no projeto, a Cedro Esport, que representa Daniel Alves na gestão dos direitos de imagem e licenças.
“Estamos combinando duas das maiores inovações no mundo online, esportes e tecnologia blockchain, diz a chamada no site. O slogan do projeto é “Mude seu futuro”.
No vídeo promocional (em inglês), a empresa diz que a criptomoeda veio para solucionar os problemas de negociações no mundo do futebol, unindo as tecnologias mais inovadoras do momento para o mundo online, os esportes e a blockchain.
A sede da empresa fica em Lisboa, Portugal. Conforme informações no site, a plataforma da KSOC integra recursos inspirados na tecnologia do Bitcoin, com implementações baseadas na DASH e na PIVX. O valor total de unidades (supply) de KSOCs será de 1.000.000.000.
A empresa também promete criar uma loja virtual onde os fãs de futebol poderão comprar produtos de vários clubes e atletas com um único método de pagamento permitido, que será por meio da criptomoeda.
Jogadores da Seleção Brasileira
Os vídeos promocionais foram divulgados a cerca de um mês. Um tanto amadoras, as imagens mostram uma frase em comum de Daniel Alves, Willian e Paulinho:
“É com muito orgulho que eu sou embaixador da Kick Soccer Coin, uma moeda que vai revolucionar o mundo do futebol”.
Daniel Alves alves foi o que mais falou. “Imaginem vocês participarem de transações reais do mundo do futebol. Não vai ficar fora dessa, né?”.
O lateral direito atualmente defende a camisa 13 do clube francês Paris Saint-Germain. Ele é um dos atletas mais convocados pela Seleção Brasileira e o jogador com o maior número de títulos da história, 42 no total.
Já Willian, que atua como meia no Chelsea, convidou as pessoas a “fazerem a diferença” e Paulinho, que joga atualmente pelo Guangzhou Evergrande, da China, apenas leu um texto simples. Ambos também têm sido convocados por Tite, técnico da Seleção Brasileira.
White Paper
O White Paper do projeto diz que o processo de Oferta Inicial de Moeda (ICO) é dividido em três fases de vendas: 1º — 30 milhões de KSOC a € 0,40 (R$ 1,80); 2º — 20 milhões de unidades a € 0,80 (R$ 3,50); 3º — 20 milhões a € 1,20 (R$ 5,30).
Segundo o documento, após essas três fases, a KSOC será listada em bolsas internacionais. Na 9ª parte do projeto está até mesmo a compra de um time de futebol pela empresa. No entanto, o roadmap não tem datas especificadas para cada fase.
Vale ressaltar que no final do White Paper a empresa declara não ser responsável por qualquer perda de negócios, receitas, lucros, dados, uso e outras perdas intangíveis.
Advogado assessorou Atlético-PR
O advogado citado no site da empresa é Marcelo Amoretty Souza, o mesmo que em junho do ano passado representou da empresa de criptomoedas Inoovi no anúncio da parceria do Atlético-PR.
Em meados de março deste ano, a parceria de menos de um ano acabou em crise. O projeto de criptomoeda se desfez e o clube acusou a empresa responsável de calote.
A acusação é de que a Inoovi não fez os pagamentos relativos ao contrato assinado. Nenhuma ação judicial havia sido iniciada até aquela ocasião.
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