O Bitcoin dá sinais de estabilização à medida que pressões macroeconômicas começam a diminuir, com especialistas sugerindo que a principal criptomoeda pode estar se aproximando de um fundo.
O Bitcoin sobe 3% nesta segunda-feira (20), sendo negociado a US$ 111.046 e impulsionando uma alta no mercado mais amplo de altcoins, segundo dados do CoinGecko. Em reais, o BTC é cotado a R$ 604.500, segundo dados do Portal do Bitcoin.
“Acho que o Bitcoin está formando um fundo aqui”, disse Peter Chung, chefe de pesquisa da Presto Research, ao Decrypt. “Espero que o próximo movimento seja mais provável de alta do que de queda.”
A expectativa é que o aperto monetário esteja chegando ao fim e que cortes nas taxas de juros estejam na mesa de negociação.
Com o fim do aperto quantitativo (QT) no horizonte, ativos de risco podem se beneficiar do afrouxamento das condições financeiras, à medida que a retirada de liquidez desacelera — ou pelo menos essa é a lógica do mercado.
Enquanto isso, espera-se também um arrefecimento da guerra comercial entre EUA e China, que anteriormente provocou uma liquidação histórica no início do mês. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o vice-premiê chinês, He Lifeng, devem se reunir na Malásia para tentar reduzir ainda mais as tensões.
Sean Dawson, chefe de pesquisa da Derive, compartilha da visão de Chung, mas alerta que os riscos permanecem.
“Provavelmente estamos em um fundo local. Taxas de juros mais baixas empurram os investidores para ativos de maior risco, como as criptomoedas”, disse Dawson ao Decrypt. “No entanto, o risco de uma escalada na guerra comercial entre EUA e China pode provocar uma nova queda.”
Inflação pode influenciar Bitcoin
O futuro imediato do Bitcoin e do mercado cripto em geral depende do relatório de inflação que será divulgado na sexta-feira, embora alguns analistas tenham informado que o resultado das negociações comerciais entre EUA e China tem um peso ainda maior sobre o sentimento do mercado.
“O Bitcoin é extremamente sensível a essas conversas”, disse Dawson, observando que os maiores movimentos de preço deste ano ocorreram após anúncios de tarifas. “Caso haja uma resolução positiva para esses temores, provavelmente veremos uma alta significativa.”
Olhando para frente, o plano do Fed de encerrar o aperto quantitativo — que envolve a redução do balanço patrimonial do banco central — “será positivo para o Bitcoin”, afirmou Dawson, destacando que o retorno da liquidez cria um ambiente mais favorável para ativos especulativos.
Segundo operadores de títulos, espera-se um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião decisiva do Fed, marcada para 29 de outubro.
Embora um corte maior do que o esperado seja positivo para o desempenho do preço do Bitcoin, “isso se manifestaria de forma mais persistente em horizontes de tempo mais longos, provavelmente até o primeiro trimestre do próximo ano”, acrescentou Dawson.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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