Apesar de estar procurando soluções sem blockchain, a inciativa Drex do Banco Central não abandonou completamente a tecnologia, afirmou o coordenador do projeto, Fabio Araújo, na última quarta-feira (17) durante o evento Meridian 2025. As informações são da Exame.
De acordo com o executivo do BC, “a iniciativa do Drex é mais ampla que o piloto”. “No piloto, tivemos a demanda de entregar um produto no curto prazo pela diretoria do Banco Central, e, considerando isso, concluímos que não seira possível usar blockchain devido a questões de privacidade e escalabilidade”, afirmou Araújo.
Ele afirmou que o projeto está focado em trabalhar em diversas frentes, como tokenização e CBDCs com outros bancos centrais. “A terceira fase não vai usar blockchain, mas isso não significa que a iniciativa vai abandonar a tecnologia”, ressaltou ele dizendo que o principal ponto é como ter um jeito eficiente de realizar a tokenização, mas é impossível dissociar isso de DLTs.
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Piloto do Drex sem blockchain
Depois de anos de estudos e diversos adiamentos, o BC anunciou em agosto que a primeira versão do Drex, prevista para 2026, não usará blockchain. O foco inicial será na reconciliação de gravames, isto é, o controle sobre garantias oferecidas em operações de crédito. Isso permitirá maior eficiência na liberação de financiamentos, especialmente para pessoas físicas e pequenas empresas.
A decisão dividiu opiniões no mercado. Parte dos especialistas acredita que abandonar a blockchain, mesmo que temporariamente, dá mais velocidade ao projeto. “O BC liberou o caminho para que o setor privado acelere na tokenização”, avaliou Fabrício Tota, do MB, na ocasião. Outros, como Daniel Coquieri, da Liqi, alertam que a centralização excessiva pode descaracterizar a essência original do Drex: “Se vira apenas um sistema controlado pelo BC, perde o sentido pelo qual nasceu”.
Segundo Araújo, o objetivo do BC no longo prazo é conseguir oferecer estabilidade para o sistema financeiro dar ferramentas e caminhos para as instituições criarem novos serviços para a população. “O Drex é sobre trazer novos e melhores serviços para a população, aprofundando a inclusão financeira que temos conseguido com o Pix”, concluiu.
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