As criptomoedas têm se tornado cada vez mais presente no portfólio do investidor brasileiro, inclusive entre os mais conservadores, segundo levantamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ter um pouco de exposição ao Bitcoin ou outro ativo digital já é uma realidade, e mesmo sendo investimentos mais arriscados, reforçam a importância da diversificação para uma boa carteira.
Segundo a pesquisa Perfil e Comportamento dos Investidores 2024 da CVM, 34,03% dos investidores de perfil arrojado têm preferência por possuir criptomoedas na carteira, ficando entre os top 10 ativos preferidos dessa classe de investidor. Na primeiras colocações aparecem ações (85,56%), fundos imobiliários (58,33%) e fundos de investimento (57,50%).
Já quando o perfil é considerado moderado, o percentual de preferência das criptomoedas nas carteiras dos investidores cai para 22,27%, ficando na 11ª colocação, entre debêntures (24,90%) e moeda estrangeira (21,26%). Neste perfil, as maiores estão em ações (74,29%), CDB/RDB (62,55%) e Tesouro Direto (60,73%).
Por fim, para os investidores conservadores, as criptomoedas são preferência de apenas 6,20% dos portfólios, segundo a CVM, abaixo até de quem não tem investimentos, que ficou em 6,98%. Neste perfil, as opções preferidas são CDB/RDB (55,04%), fundos de investimento (37,98%) e LCI/LCA/LF (34,88%).
Como destaca o relatório, fica clara a diferença da distribuição dos produtos em cada tipo de perfil. Investidores conservadores se concentram majoritariamente em aplicações de renda fixa e baixa volatilidade, enquanto os moderados diversificam mais seus investimentos, tendo grandes parcelas tanto de ações quanto CDB, por exemplo. Já o perfil arrojado apresenta maior exposição ao mercado de renda variável e ativos mais sofisticados.
Segundo a pesquisa, 52% dos investidores brasileiros se consideram arrojados, enquanto 36% são moderados e apenas 9% são conservadores. O perfil predominante é de homens (87%), com ensino superior ou pós-graduação (89%), da região sudeste (63%), brancos (75%) e com idade entre 46 e 59 anos (31%).
Objetivo é se aposentar
Entre os destaques, o estudo da CVM mostrou que o principal objetivo em comum dos investidores brasileiros é a formação de reservas para a aposentadoria. Este planejamento financeiro é apontado como prioridade para os perfis moderado e conservador e ainda aparece como a segunda opção para o perfil arrojado.
Para conservadores e moderados, 63% e 68% respectivamente investem para criar suas reservas de aposentadoria, enquanto para os arrojados, 76% querem ter uma renda passiva, enquanto 74% querem formar reservas para a aposentadoria.
A pesquisa também mostrou que 86% dos participantes afirmaram estar preparados para lidar com imprevistos financeiros e identificou um aumento na busca por rentabilidade (45%), diversificação da carteira (42%) e interesse por educação financeira (42%).
“O mercado de capitais, de maneira geral, é avaliado predominantemente de modo positivo. Cerca de 86% dos participantes declararam que pretendem continuar investindo, motivados, em grande parte, pela percepção de que o mercado oferece produtos compatíveis com seu perfil de investidor e por se sentirem satisfeitos com os serviços disponibilizados”, diz a CVM.
Na pesquisa, foram coletadas 1.371 respostas, entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro de 2025. O objetivo era compreender o perfil, comportamento, motivações e desafios enfrentados por investidores e potenciais investidores no mercado de capitais, explicou a CVM.
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