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Gemini estreia hoje na Nasdaq com grandes expectativas do mercado

Uma das estreias mais aguardadas das criptomoedas, o IPO da Gemini destaca a mudança de postura dos EUA em relação aos ativos digitais

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Foto: Shutterstock

A Gemini, corretora de criptomoedas americana fundada por Tyler e Cameron Winklevoss, precificou sua oferta pública inicial (IPO) em US$ 28 por ação, superando as expectativas antes do início do pregão desta sexta-feira (12).

Lançado no Nasdaq Global Select Market sob o código “GEMI”, o negócio marca uma das estreias mais aguardadas no setor de criptomoedas neste ano, com a forte demanda dos investidores elevando o IPO bem acima da faixa original de US$ 17 a US$ 19 por ação.

A empresa e seus acionistas vendedores também concederam aos subscritores uma opção de 30 dias para comprar até 758.929 ações adicionais para cobrir lotes excedentes, embora a própria Gemini não receba os recursos dessas vendas secundárias. A oferta deve ser encerrada em 15 de setembro, sujeita às condições habituais.

O iminente IPO da Gemini

A corretora, fundada em 2014, é há muito tempo uma empresa de destaque no mercado de ativos digitais. Seus dois cofundadores alcançaram a fama inicialmente por meio da batalha judicial com Mark Zuckerberg sobre as origens do Facebook, tornando-se posteriormente os primeiros evangelistas do Bitcoin. Mais recentemente, tornaram-se apoiadores declarados de Donald Trump em sua bem-sucedida campanha presidencial nos EUA em 2024.

A Gemini continua fortemente dependente das taxas de negociação, que representaram quase 70% de sua receita de US$ 142,2 milhões no ano passado. Apesar do crescimento no número de usuários, as perdas aumentaram: um prejuízo líquido de US$ 158,5 milhões em 2024 e US$ 282,5 milhões já no primeiro semestre de 2025.

Em seu pedido de IPO, a empresa projetou confiança, citando seu “foco em inovação e um longo histórico de pioneirismo na indústria de criptomoedas” como motivos para acreditar que expandirá sua base.

Esse otimismo é amenizado pelo aprofundamento do drama político e regulatório. Brian Quintenz, indicado por Trump para liderar a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), publicou esta semana capturas de tela de conversas privadas no Signal com os gêmeos Winklevoss.

O órgão regulador processou a empresa em 2022 por declarações enganosas relacionadas aos seus produtos futuros de Bitcoin, um caso que a Gemini resolveu em janeiro por US$ 5 milhões sem admitir irregularidades.

Nas mensagens, os irmãos pareciam questionar a lealdade de Quintenz às suas queixas contra o órgão regulador, ao mesmo tempo em que faziam referência a possíveis recursos ao próprio presidente.

A Casa Branca posteriormente retirou uma votação planejada no Senado sobre a indicação de Quintenz.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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