O Bitcoin (BTC) passa por uma leve alta de 1,5% nas últimas 24 horas e nesta manhã de sexta-feira (5) é cotado em US$ 112.470, cerca de 10% abaixo do recorde histórico de US$ 123.640 alcançado em 13 de agosto. A grande questão entre analistas e investidores é: quando a criptomoeda voltará a subir de verdade?
Um relatório da Glassnode divulgado na quinta-feira (4) aponta que só um rompimento acima de US$ 114 mil pode restaurar a confiança de investidores e sustentar uma nova valorização.
De acordo com a empresa de análise de blockchain, desde o topo histórico, o Bitcoin entrou em um movimento volátil, caindo até US$ 108 mil antes de se recuperar para o patamar atual. A métrica de distribuição de preço realizado (URPD) mostra que investidores aproveitaram a queda para acumular na faixa entre US$ 108 mil e US$ 116 mil — um comportamento considerado construtivo no longo prazo.
“Comparando a estrutura atual com a de 13 de agosto, fica claro que os investidores aproveitaram a queda para acumular na faixa entre US$ 108 mil e US$ 116 mil. Esse movimento reflete uma clara resposta de ‘comprar na baixa”, destacou a Glassnode.
No entanto, sinais de fragilidade permanecem. O estudo destaca que, após a fase de euforia que levou a novos recordes em agosto, a demanda perdeu força. Hoje, o BTC se encontra em uma zona de consolidação entre US$ 104,1 mil e US$ 114,3 mil. Uma perda abaixo desse intervalo poderia repetir padrões de exaustão já vistos no ciclo atual, enquanto uma recuperação firme acima de US$ 116 mil fortaleceria a perspectiva de retomada.
“O limite do custo de 0,95 mostra quando 95% da oferta de Bitcoin está em lucro, um sinal típico de fases de euforia. Essa condição durou cerca de três meses no último rali, mas perdeu força em 19 de agosto, quando o preço voltou a ficar abaixo desse patamar.”, explicou a Glassnode. No gráfico, a linha vermelha.
“Após o rali de agosto, a demanda mostrou sinais de exaustão. O Bitcoin agora opera em uma faixa de consolidação entre US$ 104,1 mil e US$ 114,3 mil, um intervalo que historicamente reflete fragilidade e incerteza de curto prazo”, avaliou a Glassnode.
Faixa crítica do preço do Bitcoin
Outro ponto de atenção é o comportamento dos detentores de curto prazo, cuja lucratividade despencou com a queda até US$ 108 mil, gerando pressão de venda. Embora parte desse grupo já esteja novamente no lucro, apenas uma valorização consistente acima de US$ 114 mil–US$ 116 mil deve trazer confiança suficiente para atrair nova demanda.
“Com a queda até US$ 108 mil, a parcela dos detentores de curto prazo em lucro despencou de mais de 90% para apenas 42%, desencadeando vendas motivadas pelo estresse. Embora parte desse grupo já tenha voltado ao lucro, a recuperação ainda é frágil”, apontou a Glassnode.
Fora da blockchain, os fluxos para ETFs de Bitcoin, que foram decisivos para impulsionar o rali até agosto, esfriaram de forma significativa. Com isso, a Glassnode conclui que o BTC permanece em um ponto decisivo: ou recupera terreno para renovar o fôlego do ciclo, ou arrisca mergulhar em mais um período de exaustão.
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