Erik Finman, o famoso garoto que aos 12 anos começou a investir em bitcoin e ficou milionário, disse, em entrevista ao Market Watch, que não vê sobrevivência da criptomoeda no longo prazo devido a sua fragmentação e disputas internas.
O adolescente de São Francisco (EUA) que chegou ao seu auge financeiro durante o período de grande alta do ano passado — quando o bitcoin quase bateu US$ 20 mil — acredita que a perspectiva de longo prazo para a criptomoeda é sombria.
“O Bitcoin está morto, é muito fragmentado, há muitas disputas internas. Não acho que vá durar. Talvez tenha uma ou duas altas, mas a longo prazo, está morto”, disse.
Finman disse que “colocar todos os ovos na mesma cesta é um erro e que a maior das criptomoedas tem prazo de validade limitado”.
Ele comprou bitcoin em 2011, transformando US$ 1 mil, recebido de presente da avó, em cerca de US$ 4 milhões.
E não foi somente ao bitcoin as críticas do jovem americano. Ele acredita que o Litecoin (7ª no ranking de valor de mercado) também está com os dias contados.
“Litecoin já morreu faz termpo”, disse ele. “É como quando o sol está se pondo e tem aquele período de oito minutos pouco antes de escurecer. O Litecoin está no sétimo minuto”.
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No entanto, o adolescente disse que as criptomoedas baseadas em projetos têm a melhor chance de sucesso.
Ele citou o Ether, da Ethereum, a ZCash da Zcash Company, e acrescentou que o Bitcoin Cash tem uma ótima tecnologia, mas que os desenvolvedores não fizeram um bom trabalho na rede.
Questionado sobre o porquê de uma perspectiva tão pessimista para as criptomoedas, Finman respondeu que uma das razões é a vantagem que Wall Street tem sobre a comunidade de criptomoedas.
“Eles têm todas as ferramentas, ganchos e lobistas”, disse.
“Se há uma pessoa que pode derrotar os banqueiros, o jovem conhece o homem para o trabalho”, ironiza a reportagem sobre uma resposta de Finman que dizia:
“Sou melhor nesse tipo de coisa que esses milionários. Eles não sabem como trabalhar o sistema, eles são nerds. Eu sou mais que isso”.
Aposta no Bitcoin
Finman começou a investir em bitcoin em maio de 2011 aos 12 anos, graças a um presente de 1.000 dólares que recebeu de sua avó e uma dica de seu irmão Scott.
Ele vendeu seus primeiros investimentos em bitcoin no final de 2013, quando foram avaliados em US$ 1.200 por unidade.
Com os US$ 100.000 dólares, em 2014 Finman criou a empresa de educação online chamada Botangle, mudou-se para o Vale do Silício e viajou bastante.
Era difícil conseguir que as pessoas levassem a sério um empreendedor da tecnologia de 15 anos de idade, admitia ele.
Ele lembrou que foi chamado para uma entrevista com um executivo da Uber, que ao invés de ouvir sobre sua startup, Botangle, desencorajou-o.
Em 2015 um investidor ofereceu US$ 100.000 dólares ou 300 bitcoins pela Botangle. Ele aceitou o pagamento, pois acreditava que o bitcoin seria o futuro.
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