Smartphone sobre dólares mostra logo Axie Infinity
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A Sky Mavis, empresa por trás do jogo play-to-earn Axie Infinity, afirmou no fim de semana em um post no X, que a Autoridade Nacional Norueguesa para a Investigação e Repressão de Crimes Econômicos e Ambientais (Økokrim) devolveu US$ 5,7 milhões (cerca de R$ 30 milhões) em criptomoedas recuperadas do hack de 2022 que envolveu a sidechain Ronin. 

“Gostaríamos de estender publicamente a nossa sincera gratidão a todos os que ajudaram nos esforços de recuperação, especialmente Økokrim e o FBI nos EUA, pelo seu esforço incansável para localizar e recuperar estes bens para as comunidades Axie e Ronin”, escreveu a Mavis.

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Em um comunicado, a Økokrim — polícia norueguesa para crimes financeiros, disse que a apreensão de criptomoedas foi “a maior já feita pela polícia norueguesa” e que a ação mostra que o órgão “sabe lidar com grandes ativos provenientes do crime, mesmo que os criminosos usem métodos avançados para ocultar criptomoedas no blockchain”. Os ativos haviam sido congelados em fevereiro do ano passado.

Segundo a Sky Mavis, 15% dos ativos recuperados servirão para cobrir despesas com advogados, contadores e equipes forenses de blockchain, como a Chainalysis, que atuam no caso; outros 85%, diz a entidade, “serão depositados na tesouraria do Axie Infinity”.

A Sky Mavis afirmou ainda que pelo menos US$ 40 milhões que envolvem o hack de 2022 seguem congelados por autoridades, sem, no entanto, descrever suas jurisdições. “A recuperação desses ativos levará algum tempo e não temos informações suficientes para fornecer orientação sobre um cronograma específico para recuperação e devolução desse conjunto separado de ativos”, concluiu.

Axie Infinity e Ronin

Em março de 2022, a Ronin, uma sidechain (blockchain paralela) do Ethereum desenvolvida para o game de NFTs Axie Infinity, foi alvo de um hack de US$ 622 milhões por meio do uso das chaves privadas hackeadas.

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As informações da época são de que foram subtraídos 173,6 mil ETH e 25,5 milhões em USDC por meio do uso das “chaves privadas hackeadas”. O hack foi atribuído a cibercriminosos norte-coreanos.