Tigran Gambaryan, chefe de compliance da Binance, posa para foto
Tigran Gambaryan, chefe de compliance da Binance (Foto: Divulgação)

Membros da Câmara dos dos EUA, incluindo o presidente do Comitê de Relações Exteriores, Michael McCaul, assinaram uma carta destinada ao presidente Joe Biden pedindo que o Poder Executivo trate a situação do executivo da Binance, Tigran Gambaryan, como refém do governo da Nigéria e o traga de volta aos EUA. Gambaryan, que é cidadão americano, está detido na Nigéria há quase três meses sob acusações de lavagem de dinheiro e evasão fiscal.

“Tememos pela vida dele. A ação imediata é essencial para garantir sua segurança e preservar sua vida. Devemos agir rapidamente antes que seja tarde demais”, diz um trecho da carta compartilhada no X pela jornalista da Fox Business, Eleanor Terrett.

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Para os legisladores, além de Gambaryan estar sendo mantido como refém, ele também corre o risco de morte por supostamente ter contraído malária, como informou recentemente sua família; na semana passada,  o executivo da Binance chegou a desmaiar durante uma audiência em um tribunal nigeriano.

“De acordo com a carta, Gambaryan contraiu malária e foi-lhe recusado tratamento adequado pelos funcionários da penitenciária. Ele está detido ilegalmente há 3 meses”, ressalta Terrett em seu post.

Além do presidente Biden, a carta também foi endereçada ao Secretário de Estado, Antony Blinken, e ao Enviado Presidencial para Assuntos de Reféns, Roger D. Carstens.

Executivos da Binance presos na Nigéria

Tigran Gambaryan, que no mês passado teve a fiança negada sob a alegação de que poderia tentar fugir da Nigéria, acaba de completar 40 anos de idade na prisão.

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Na semana passada, ele foi transferido para a prisão de Kuje, que conta com membros do grupo terrorista Boko Haram, depois de ter sido detido pelas autoridades nigerianas em fevereiro junto com o gerente regional para a África da Binance, Nadeem Anjarwalla.

Na última semana de março, Anjarwalla escapou da custódia e fugiu do país. O executivo, que tem dupla cidadania britânica e queniana, entregou seu passaporte britânico às autoridades nigerianas, mas acredita-se que tenha usado seu passaporte queniano para embarcar em um voo para o Oriente Médio. Algumas semanas depois, ele supostamente foi capturado no Quênia.

Em uma aparição em 30 de abril no programa local Sunrise Daily, o chefe do Bureau Central Nigeriano (NCB), Garba Umar, revelou que Anjarwalla estava sob custódia e que a organização estava trabalhando ativamente com os governos de diferentes países para emitir um Aviso Vermelho contra o executivo e apresentar os documentos necessários para facilitar a sua extradição para a Nigéria para ser julgado. Desde então não houve mais informações sobre seu paradeiro.