A maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, Coinbase, anunciou na terça-feira (12) um plano para lucrar com o recente rali das moedas digitais e levantar US$ 1 bilhão por meio da venda de títulos conversíveis. Com isso, a empresa evita uma venda de ativos que poderia impactar negativamente suas ações negociadas na Bolsa de Valores.
A Coinbase disse em nota que oferecerá notas seniores conversíveis sem garantia por meio de uma oferta privada. Os títulos conversíveis podem ser transformados em ações da empresa emissora (ou dinheiro) em determinado momento. Para as notas que a exchange planeja oferecer, o ano de conversão é 2030.
Se a empresa tivesse optado por arrecadar dinheiro com a venda de novas ações da Coinbase, isso diluiria a participação acionária dos acionistas existentes, o que muitas vezes não é bem visto no mercado.
Essa estratégia é a mesma utilizada pela MicroStrategy, empresa de software de Michael Saylor, que nos últimos anos comprou 205 mil bitcoins que agora estão avaliados em US$ 15 bilhões. Para financiar parte dessa aquisição, a empresa realizou a venda de US$ 2 bilhões em notas conversíveis.
Além disso, a Coinbase está dando um passo a mais para reduzir a diluição ao converter sua dívida em capital, oferecendo “transações negociadas com chamadas limitadas” – uma espécie de proteção para evitar a diluição durante a conversão de notas.
Os emissores utilizam estas proteções (hedge) com dívida convertível para evitar a diluição para os acionistas existentes, mesmo quando o preço de suas ações sobe acima do preço de conversão. No entanto, ao fazer isso, eles têm que pagar uma taxa.
“As transações de chamada limitada cobrirão, sujeitas aos ajustes habituais, o número de ações ordinárias Classe A da Coinbase que inicialmente fundamentarão as notas”, disse a empresa.
A Coinbase explicou também que pode usar os recursos da operação para pagar dívidas, pagar por possíveis transações de chamadas limitadas e possivelmente adquirir outras empresas.
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