Após proibir anúncios de empresas de criptomoedas e extensões de mineração, o Google, maior motor de busca da internet, está implantando regras mais rígidas para os desenvolvedores de extensões do Chrome.
A medida é uma série de mudanças da atual versão na forma como o navegador lida com as solicitações de extensão, conforme reportou nesta segunda-feira (01), James Wagner, gerente de produto de extensões do Chrome .
Desta forma, os desenvolvedores que distribuem extensões através da Chrome Web Store se sentirão desconfortáveis, mas o Google visa, com a ação, a redução do risco de invasão hacker.
Os usuários terão a capacidade de restringir o acesso de uma extensão a uma lista personalizada de sites ou de definir extensões para solicitar permissão toda vez que precisarem acessar uma página.
“É crucial que os usuários possam confiar que as extensões instaladas são seguras e que preservam a privacidade. Eles devem ter sempre total conhecimento da finalidade de suas extensões”, diz o comunicado.
A nota também diz que o Google está observando, com monitoramento contínuo, as extensões que usam código hospedado remotamente. Aquelas que solicitam forçadamente as permissões, segundo a empresa, serão submetidas a “revisão adicional de conformidade”.
“A Chrome Web Store não permitirá mais extensões com código oculto ou ofuscado. Extensões existentes com código ofuscado têm 90 dias para cumprir a nova regra”, diz um trecho da nota.
De acordo com o comunicado, mais de 70% das extensões maliciosas que violam as políticas da empresa e que o Google bloqueia na Web Store, têm seus códigos ofuscados, o que não será mais aceito, conforme publicado.
Outra medida de segurança adicional a partir de 2019 descrita na nota, é a implantação da verificação em duas etapas para todas as contas de desenvolvedores de extensão da plataforma. Isso, segundo Wagner, reduz o risco de que invasores não assumam uma conta.
Recentemente a maioria das grandes empresas, como Firefox, Opera, Google e Apple, detentoras de famosos navegadores e plataformas, reprimiram as extensões que usavam dispositivos de download para minerar criptomoedas sem conhecimento do usuário.
A mais recente, Firefox, navegador de internet da Mozilla Foundation, anunciou a proibição da atividade de mineração de criptomoedas em suas versões futuras, alegando a contenção de práticas nocivas.
Há cerca de dois meses o Google fazia uma alteração nos termos da central de políticas do desenvolvedor e proibia aplicativos de mineração de criptomoedas no Google Play.
A proibição aconteceu num período em que Google e Apple promoviam ações em desfavor à atividade de mineração e também a anúncios de ofertas de startups oriundas do mercado criptoeconômico.
Em junho, a Apple já havia feito uma atualização nas diretrizes de uso dos aplicativos iOS e Mac na Apple Store e também já tinha proibido a atividade de mineração de criptomoedas em iPhones e iPads.
Na ocasião, a empresa também informou que outras funções, como gerenciar e comercializar criptoativos ainda seriam permitidas, mas que as carteiras de criptomoedas deveriam ter boas procedências.
No início do ano, o Opera, que já havia introduzido a proteção contra mineração em suas versões para desktop, também a estendeu para o navegador de smartphones.
Na ocasião, a empresa, homônima do navegador, calculou que mais de um bilhão de dispositivos em todo o mundo estariam mais lentos devido aos programas de mineração.
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