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Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, casal que lidera a Braiscompany (Foto: Reprodução/Instagram)

Um dos ex-funcionários Braiscompany, empresa que aplicou um golpe de pirâmide financeira com criptomoedas, vai ser extraditado da Argentina para o Brasil após ter sido preso em junho em Puerto Iguazú, na região da fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.

Em documento emitido pelo Ministério Público Fiscal da Argentina, eles afirmam que o suspeito foi preso em 23 de junho e que a Polícia Federal justificou seu pedido de extradição dizendo que ele atuou como operador financeiro do esquema da Braiscompany.

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A Justiça não informou o nome do preso, mas na ocasião foram três ex-funcionários da empresa presos em Puerto Iguazú: Victor Hugo Learth, Arthur Barbosa e Sabrina Lima. As prisões dos envolvidos com a pirâmide foram parte da Operação Halving inciada pela Polícia Federal brasileira em fevereiro deste ano.

Como Arthur e Sabrina estão detidos no Brasil, Victor Hugo é o provável alvo da extradição.

O MP argentino explicou que o homem que será extraditado era operador financeiro do esquema, atuando como broker, o que permitiu que ele captasse e desviasse mais de R$ 4 milhões. Vídeos postados no canal do YouTube da Braiscompany em que ele aparecia divulgando a empresa serviram como provas de que ele atuava no esquema.

O acordo para enviar o homem para o Brasil, assinado pelo juiz titular do Juizado Federal de Eldorado, Miguel Ángel Guerrero, afirma ainda que as instituições que analisaram o pedido de extradição concluíram que as investigações apontam indícios de crimes, conforme as leis de ambos os países, que são puníveis com a prisão com duração maior do que dois anos.

Enquanto isso, os dois principais líderes da Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, seguem foragidos da PF e são alvos de alerta vermelho da Interpol.

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O caso Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.

Em dezembro do ano passado a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro deste ano, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Neto Ais e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em contas vinculadas aos sócios da Braiscompany.