O valor total de dinheiro aplicado em produtos financeiros cripto teve um salto de US$ 293 milhões (R$ 1,4 bilhão) em apenas uma semana, aponta o novo relatório da CoinShares. Com esse desempenho, esse setor já recebeu aporte de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,38 bilhões) no período de um ano, o que é o terceiro melhor resultado em 12 meses desde que o estudo começou a ser feito.
Um ponto que chama a atenção é que o Brasil novamente anda em direção contrária, como ocorreu na primeira semana de outubro. O setor de produtos financeiros de cripto no país viu uma saída de US$ 3,5 milhões (R$ 17,2 milhões) em sete dias — de 1º de janeiro até agora essa queda é de US$ 50 milhões (R$ 244 milhões).
Como mostra o gráfico abaixo, o Brasil é o único país com fundos cripto que enfrenta retiradas de capital nos três períodos observados (semana, mês e ano).
Apesar da diminuição de capital, outubro foi um mês de recuperação para a maioria dos fundos brasileiros de cripto, que chegaram a entregar ganhos superiores a 22% no mês graças à recuperação nos preços das principais criptomoedas do mercado.
Entradas e saídas da semana
Na semana, o fundo cripto que mais recebeu influxo de capital foi o 21 Shares AG, com uma entrada de US$ 44,9 milhões (R$ 219 milhões). De 1º de janeiro até agora, a liderança é do ProShares ETFs/USA, que recebeu US$ 488 milhões (R$ 2,3 bilhões).
Fundos de Bitcoin ETP (sigla para produto listado em bolsa, no inglês) totalizaram 19,5% das transações de Bitcoin, o que, segundo a CoinShares, mostra “que os investidores de ETP estão participando muito mais dessa alta do que comparado com a de 2020/2021”.
Sentimento é positivo, apontam dados
Por outro lado, os produtos financeiros que apostam na queda do BTC (“short Bitcoin”, na expressão em inglês) viram uma saída de US$ 7 milhões (R$ 34 milhões) na semana. O relatório aponta que isso pode ser um indicativo de que o sentimento é positivo quanto a continuidade do mercado de alta, já que as análises são de lucro a longo prazo.
Outro destaque são os investimentos em Ethereum. O relatório aponta que os produtos financeiros ligados à segunda maior criptomoeda receberam um influxo de US$ 49 milhões (R$ 239 milhões), o maior desde agosto de 2022. “As últimas duas semanas marcaram uma verdadeira virada no sentimento”, afirma a CoinShares.
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