Smartphone mostra logotipo da Binance à frente de tela de negociação
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A exchange de criptomoedas Binance viu uma retirada massiva de recursos de sua plataforma no decorrer deste mês de outubro, mesmo em um período de alta nos preços dos principais criptoativos e notícias positivas sobre a possível aprovação de um ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos.

Segundo dados da plataforma DefiLlama, até o dia 17 de outubro, a Binance teve uma retirada líquida de US$ 504,9 milhões. Enquanto isso, no mesmo período, a OKX, segunda maior corretora em valor total bloqueado (TVL), registrou uma entrada líquida de recursos no valor de US$ 607,4 milhões.

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Outubro de recuperação

Em outubro, até o momento, o Bitcoin (BTC) acumula valorização de cerca de 5%, cotado acima de US$ 28 mil. Essa recuperação reflete o cenário mais otimista do mercado, que aguarda a aprovação do ETF de Bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Ao site DL News, um trader do mercado avaliou que os riscos regulatórios estão assustando os investidores, e atribuiu as saídas da Binance a isso. Desde o colapso da FTX, os reguladores estão mais rigorosos com as empresas cripto, e por ser a maior do mundo, a Binance tem sido um dos principais alvos de críticas.

Em junho, a SEC abriu um processo contra a Binance dizendo que a corretora demonstrou “desrespeito flagrante pelas leis federais de valores mobiliários”. O regulador ainda afirmou em processo que a exchange mentiu para os investidores, administrou fundos incorretamente e manipulou mercados.

Leia também: SEC processa Binance e CZ por supostas violações das leis americanas

Em resposta, a Binance disse que as acusações eram “injustificadas” e “discorda respeitosamente das alegações da SEC de que ela operava como uma bolsa de valores não registrada ou oferecia e vendia títulos ilegalmente”.

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Além do meio bilhão já retirado em outubro, setembro já havia sido negativo para a Binance com retiradas de US$ 875 milhões da plataforma. Como resultado disso, a estimativa é que corretora registrou uma saída líquida de US$ 2,6 bilhões no ano até agora.