Imagem da matéria: CPI das Pirâmides Financeiras tem gritos, ameaças de prisão e briga entre direita e esquerda
CPI das Pirâmides FInanceiras colheu depoimento do irmão de Ronaldinho Gaúcho (Foto: Reprodução/YouTube)

Durante o depoimento de Roberto de Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, a sessão da CPI das Pirâmides Financeiras desta quinta-feira (24) se tornou palco de um debate sobre Direito, acusações pessoais e confusão.

A polêmica começou quando o relator, deputado Ricardo Silva (PSD/SP), reclamou do fato de Roberto responder o que lhe era ditado pelo advogado. 

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“Estamos tomando as respostas do advogado, que está ditando as respostas. Ele pode aconselhar, mas ditar as respostas: eu questiono a assessoria técnica e jurídica dessa Comissão se isso é permitido. Não estamos ouvindo o Roberto, estamos ouvindo o advogado”, disse SIlva. 

O advogado informou que continuaria sua atuação e que era respaldado pela lei. Diante disso, o deputado Alfredo Gaspar (União/AL) subiu o tom e afirmou que poderiam ambos, cliente e advogado, saírem presos do Congresso.

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“Está cometendo falso testemunho ao repetir o que o advogado está ditando. Não existe nenhum ordenamento jurídico neste país que permita advogado dizer o que a testemunha tem que falar. Estamos fazendo um papel de tolo. Pode arcar com as consequências e ser preso em flagrante por falso testemunho, inclusive o advogado”, disse Gaspar. 

O parlamentar depois foi ainda mais direto: “Se você ficar botando esse ouvido na boca do advogado para saber o que dizer, você vai sair daqui preso”. 

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A defesa de Roberto de Assis veio de integrantes da esquerda. O deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) disse que o advogado estava no seu direito e que tolher a comunicação de qualquer forma poderia gerar uma nulidade do depoimento depois. 

Aureo Ribeiro cortou o microfone de Glauber, que passou a gritar para ser ouvido. O fato revoltou Alfredo Gaspar, que partiu para acusações graves: “Eu não tenho que ficar aguentando isso. Quem te aguenta é o crime organizado e o tráfico de drogas”. 

Braga se mostrou calmo ao rebater: “Não conheço o senhor e não sei nem o seu nome. Você vai ter que me aguentar. Tentar me associar com o crime organizado é tentar me medir com a sua régua, e isso não vai funcionar”.