O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP) protocolou na sexta-feira (11) dois novos requerimentos para convocar representantes de empresas suspeitas de terem cometido fraude para dar explicações na CPI das Pirâmides Financeiras.
Entre os alvos do requerimento ligado às empresas Canis Majoris e GR Bank, estão Mateus Davi Pinto Lucio, Jorge Luiz Pereira Barbosa Junior e Isis de Oliveira. Já para representar as empresas LBLV e VLOM, o convocado é Cristiano Bianor dos Santos.
Os pedidos querem que os quatro nomes sejam convocados para a CPI na condição de investigados, e devem ser votados na próxima reunião da comissão, marcada para terça-feira (15), às 14h30.
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Canis Majoris e GR Bank
No requerimento 118/2023 que mira os líderes das empresas Canis Majoris e GR Bank, o deputado começa explicando que a CPI tem o objetivo investigar indícios de irregularidades e possíveis práticas ilícitas no âmbito das empresas do setor de serviços financeiros relacionadas a criptoativos.
Dessa forma, as empresas Canis Majoris e GR Bank devem ser alvos da CPI por já estarem sendo investigadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por haver indícios da prática de pirâmide financeira.
“Segundo o órgão ministerial, as mencionadas empresas causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões aos seus investidores. As informações dão conta de que as mencionadas empresas prometiam um retorno de 3% ao mês sobre o valor investido, em razão do suposto lastreamento em ativos internacionais”, justifica o requerimento.
A convocação de Mateus Davi Pinto Lucio, Jorge Luiz Pereira Barbosa Junior e Isis de Oliveira Barbosa se deve ao fato de eles constarem no quadro societário da empresa GR Bank. Mateus também está no quadro societário da empresa Canis Majoris.
LBLV e VLOM
Na justificativa para convocação Cristiano Bianor dos Santos para dar explicações sobre as operações da LBLV E VLOM, o deputado explica que ele já foi preso preventivamente em março de 2021 durante a operação Black Monday, por ser apontado na época como o líder de uma organização criminosa voltada para a prática de pirâmide financeira, crimes contra relações de consumo e de lavagem de dinheiro.
“Através dos sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil”, centenas de pessoas, na expectativa de realizar investimentos financeiros, foram direcionadas para as corretoras “VLOM” e “LBLV”. Assim, as vítimas realizavam transferências bancárias para diversas pessoas jurídicas e os valores não eram revertidos no desejado investimento. Ao contrário, o dinheiro das vítimas, conforme apurado até o momento, era convertido em Bitcoin e em bens de alto valor”, diz um trecho da investigação do Ministério Público de Minas Gerais, citado no requerimento 117/2023.
O texto não deixa de apontar que, curiosamente, a palavra “vlom”, traduzida do esloveno, significa roubo, “o que pode ser considerado uma coincidência intrigante, tendo em vista as ações fraudulentas dessa empresa”, escreve o deputado.
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