Hester Peirce, um dos membros da Comissão de Valores Imobiliários dos Estados Unidos (SEC) falou em entrevista sobre as razões do órgão regulador ter rejeitado a proposta de ETF da BATS BZX Exchange, para listar e negociar ações baseadas em commodities da Winklevoss Bitcoin Trust, de propriedade dos irmãos Winklevoss.
A companhia teve seu pedido para atuar na categoria de investimento negado pela segunda vez em 26 de julho, por 3 votos a 1. Peirce foi a única que votou a favor do requerimento. Em entrevista à CNBC, ela conta sua perspectivas positivas sobre criptomoedas, além de considerar que a Comissão avaliou o caso de forma errônea.
Peirce é membro da Comissão há seis meses, tendo antes trabalhado como procuradora. Ela diz se considerar feliz em participar de debates relacionados a criptomoedas, dizendo que os membros da Comissão têm “o importante papel de mostrar ao mundo que os EUA são abertos ao mercado de capitais”.
Segundo ela, a SEC rejeitou o pedido dos irmãos Winklevoss porque a mudança na regra não seria condizente com o Ato de Títulos Imobiliários, mas Peirce considera que a avaliação dos outros membros excedeu suas funções, por terem avaliado o potencial de manipulação dos commodities – os criptoativos – em vez das condições do mercado.
Tenho a posição de que a mudança que foi colocada diante de nós era realmente consistente com o Ato de Valores Imobiliários, portanto, não haveria motivo para nós não autorizarmos o produto de prosseguir.
Na visão de Peirce, não faz parte das atribuições de sua equipe avaliar como os commodities funcionam, mas eles “deveriam focar no mercado que está negociando o título imobiliário”.
Hester diz ser “uma grande fã da inovação”, comentando que seu trabalho envolve a dificuldade de poteger o investidor, ao mesmo tempo que pode inibir a inovação. Ela espera que a Comissão, em casos futuros, leve sua avaliação em consideração, no intuito de aumentar as possibilidades e alternativas para investidores.
