Tiago Reis, criador da Suno Research de terno e gravata e cabelo comprido
Tiago Reis, analista da Suno Research (Foto: Reprodução/Facebook)

O analista da Suno Research e influencer Tiago Reis publicou uma mensagem no Twitter na quinta-feira (29) em resposta à sua possível colaboração com a CPI das Pirâmides Financeiras.

O pedido de convite ao especialista em finanças foi protocolado pelo parlamentar Amom Mandel (CID/AM) na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (28).

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“Vai ser uma honra servir meu país e contribuir para trazer mais luz a tudo que envolve pirâmides financeiras e ajudar em uma solução para que estes golpes se tornem coisas do passado e não se repitam no futuro”, disse na tarde de ontem.

No pedido, que deve ser votado na Câmara na próxima sessão da CPI, marcada para terça-feira (4), Mandel argumenta que Tiago Reis é “preocupado com as constantes fraudes que contaminam a credibilidade do mercado financeiro das criptomoedas”. O documento cita também iniciativas por parte do analista que ajudaram a desmascarar golpes.

“Fundador da Suno Research e analista certificado, decidiu desmascarar as pirâmides. Com duras críticas e argumentos sólidos, sua iniciativa, apelidada de #OperaçãoFaraó, já ajudou a derrubar as pirâmides Unick, DD Corporation e A2 Trader”, diz um trecho do documento. Em outro ponto, o deputado comenta que Reis “recentemente identificou mais um suposto esquema fraudulento”, o da Braiscompany.

Reis começou a denunciar a Braiscompany ainda no ano de 2020, quando instou os investidores do negócio a cair fora. “O que eu faria se fosse ‘investidor’ por lá? Iria na sede agora e tentaria fazer o resgate antecipado. Talvez quem pressionar consiga o resgate antecipado”, disse ele na época, acrescentando: “No começo, eles ofereciam 15% ao mês”.

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Reis se referia ao fato de que a empresa obriga os clientes a ficaram com os fundos depositados por um ano até poderem fazer o primeiro saque. A promessa de rentabilidade passou a oscilar entre 7% e 10%. A diminuição seria, portanto, já era na época um indício de que o esquema estaria caindo.

Especialista não gosta do termo “influencer”

Na sequência do tweet, Tiago Reis fez uma crítica ao artigo do Portal do Bitcoin sobre sua possível colaboração com a CPI, onde a reportagem o cita como “analista de finanças e influencer”.

O Portal do Bitcoin esclarece que não existe nenhum demérito no termo “influencer” e nem tentativa de desmerecer a posição do analista financeiro; pelo contrário, é uma forma de esclarecer aos leitores a influência trazida pelos quase 2 milhões de seguidores de Tiago Reis no Instagram, além dos mais de 200 mil no Twitter.