Imagem da matéria: Apple ameaça banir aplicativo ligado ao Nostr por permitir pagamentos com Bitcoin
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A Apple deu um ultimato nesta terça (13) à equipe do Damus, aplicativo que permite aos usuários acessarem o protocolo Nostr, de que se os pagamentos com Bitcoin não forem removidos da plataforma, o app será banido da Apple Store.

O Nostr é um protocolo de comunicação no qual pessoas podem trocar mensagens umas com as outras por meio de clientes — aplicativos que podem ser criados dentro da rede por qualquer desenvolvedor. Damus, por exemplo, é o cliente mais popular para os usuários que querem acessar o Nostr a partir de seus iPhones.

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O sistema funciona como uma alternativa descentralizada ao Twitter e conta com a funcionalidade “Zap”, que permite aos usuários enviarem pequenas gorjetas de Bitcoin uns aos outros através da Lightning Network. Esse é o principal incômodo da Apple, que alega que a função vai contra suas diretrizes de pagamentos.

“Percebemos que seu aplicativo permite que os usuários enviem ‘gorjetas’ associadas ao recebimento de conteúdo de criadores de conteúdo digital com um mecanismo diferente da compra no aplicativo. Embora as gorjetas ou doações possam ser opcionais, se estiverem conectadas ou associadas ao recebimento de conteúdo digital, devem usar a compra no aplicativo de acordo com a diretriz 3.1.1”, disse a Apple em seu comunicado à equipe do Damus.

Ao enviar a notificação, a Apple avisou aos desenvolvedores que se o aplicativo não for atualizado em 14 dias para se enquadrar a diretriz informada, será removido da Apple Store. Isso envolveria, portanto, eliminar os micropagamentos com a criptomoeda.

“Eles [Apple] estão tentando argumentar que, como os zaps potencialmente permitem que os criadores de conteúdo vendam conteúdo digital com a Lightning, isso seria contra suas diretrizes. Isso ameaça qualquer aplicativo na loja de aplicativos que interaja com o Lightning de qualquer maneira”, disse o principal desenvolvedor da Damus, William Casarin, ao Decrypt

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No Twitter, a página da Damus disse que a notícia de seu possível banimento da Apple Store chega pouco antes de “darmos nossa palestra no fórum da liberdade de Oslo sobre como as redes sociais descentralizadas com integração a Lightning estão trazendo liberdade financeira para as massas”.

“Se as pessoas não puderem realizar transações p2p livremente em sua plataforma, isso terá grandes implicações para todo o ecossistema de aplicativos com integração Lightning”, acrescentou.  

Nostr

Criado por um brasileiro conhecido por seu pseudônimo ‘fiatjaf’, Nostr surgiu como uma alternativa descentralizada ao Twitter que atraiu a atenção principalmente da comunidade das criptomoedas. Afinal, Nostr não tem “donos” e afirma ser resistente à censura.

Desde o final do ano passado, o Nostr ganhou apoiadores ferrenhos como o famoso delator da Agência de Segurança Nacional dos EUA, Edward Snowden, o ativista de direitos humanos Alex Gladstein, e o maximalista de Bitcoin e criador do Twitter, Jack Dorsey.

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O último, além de incentivar boa parte da sua base de seguidores para usar o Nostr após chamá-lo de um “marco para os protocolos abertos”, também colocou o próprio dinheiro no projeto. No final de 2022, Dorsey doou 14 BTC, cerca de R$ 1,6 milhão na atual cotação do ativo, para ajudar no desenvolvimento do Nostr.

Leia também: Nostr: Conheça o “Twitter” resistente à censura, criado por um brasileiro, que virou febre entre fãs do Bitcoin

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