gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss
Foto: Shutterstock

A Gemini, a exchange de criptomoedas administrada por Tyler e Cameron Winklevoss, anunciou que escolheu a Irlanda como sua nova sede na Europa.

O anúncio veio depois de uma reunião entre os fundadores, o Primeiro Ministro Irlandês, Leo Varadkar, e os representantes da Agência de Desenvolvimento Industrial (IDA), o órgão responsável pelos investimentos estrangeiros no país.

Publicidade

“Nós somos gratos pelo apoio do governo irlandês e da IDA enquanto damos os próximos passos nessa nossa excitante jornada. Estamos ansiosos em fazer parte e adicionar valor à vibrante comunidade de tecnologia de Dublin,” foi o que os irmãos Winklevoss disseram em uma declaração compartilhada com o Decrypt. “Os criptoativos são tão disruptivos quanto a Internet, e estamos comprometidos em destravar as oportunidades que a tecnologia pode entregar.”

No Twitter, o CEO Tyler Winklevoss afirmou que as conversas em Dublin se concentraram na “promessa de longo prazo das cripto e na importância do bom senso na regulação para alcançar essa promessa.”

O CEO também afirmou que a Gemini acredita que a Markets in Crypto Assets (MiCA), a estrutura regulatória recentemente adotada para governar as criptomoedas na União Europeia (UE), “é a regulamentação com bom senso.”

“Também anunciamos que a Gemini definiu a Irlanda como sua sede oficial na Europa.” Avante!,” acrescentou Tyler Winklevoss.

A Gemini foi a primeira empresa cripto a se registrar como um Provedor de Serviços de Ativos Digitais (VASP) pelo Banco Central da Irlanda em julho de 2022.

Publicidade

Em uma entrevista para o The Irish Times, o Presidente da Gemini, Cameron Winklevoss, afirmou que a Irlanda será o “ponto de entrada” para o resto da Europa assim que a MiCA estiver totalmente implementada na UE em 2025.

Gemini pretende permanecer nos EUA

Em meio a uma onda de repressão mais ampla a empresas de criptomoedas nos EUA, que também visavam empresas rivais como a Kraken e Coinbase, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) em janeiro acusou a Gemini de vender títulos não registrados relacionados ao agora encerrado programa Earn, com a ação do regulador levando os cofundadores da exchange a começar a procurar outras jurisdições.

No início desta semana, os gêmeos Winklevoss visitaram Londres, onde se encontraram com funcionários da Autoridade de Conduta Financeira (FCA) e do Banco da Inglaterra, insinuando o Reino Unido como uma possível nova base para a exchange de criptomoedas.

“Hoje temos um forte vento contrário nos EUA e fica difícil fazer qualquer coisa por lá. Então, para continuar construindo nossa empresa e investir em novas contratações, temos que olhar para outros lugares,” foi o que Cameron Winklevoss disse ao The Telegraph no começo desta semana, “Reino Unido é um grande e importante mercado para fazer isso.”

Publicidade

Ainda assim, a Gemini não pretende sair inteiramente dos EUA.

“Não vamos deixar os EUA, vamos continuar lutando para que as coisas melhorem por lá.  Mas também entendemos que você pode votar com a sua saída estratégica, e isso é nosso direito e faremos isso diante de um ambiente hostil”, acrescentou Cameron Winklevoss.

Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.