Moeda de bitcoin sob cartão de crédito sobrepostos em um teclado de laptop
Foto: Shutterstock

O mercado de criptomoedas voltou a ficar aquecido no começo deste ano. Um dos fatores que pode ajudar a explicar a nova alta das criptomoedas é a insegurança dos investidores com relação ao sistema bancário.

Dito isso, aqueles que investem seu dinheiro em aplicações de alto potencial de lucro e risco elevado, como criptomoedas, precisam se assegurar que estão fazendo isso da maneira mais segura e eficiente possível, caso contrário, o efeito pode ser o inverso, com rentabilidade baixa e riscos maiores que o desejado.

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Por isso, é importante entender bem como é possível comprar e vender criptomoedas com segurança e eficiência, fugindo de golpes para aproveitar a nova primavera cripto que o mercado deve ter pela frente, com os criptoativos voltando a ter forte valorização após um 2022 de quedas.

1ª Dinheiro em espécie

Apesar do crescimento do uso de meios eletrônicos para transações financeiras no Brasil, o papel-moeda ainda é fartamente utilizado pelas pessoas para transferir dinheiro, pagar contas e fazer investimentos. Segundo o Banco Central, no começo de 2022, eram R$ 339 bilhões em dinheiro em espécie em circulação.

Diante dessa realidade, há empresas que permitem a investidores comprarem criptomoedas com papel-moeda. Da mesma forma, é possível vender criptomoedas e obter o valor em real físico. Para isso, é preciso utilizar caixas eletrônicos.

2ª Caixas eletrônicos

A compra e venda de criptomoedas com dinheiro físico é feita principalmente por meio de caixas eletrônicos ou ATMs. No Brasil, de acordo com o Coin ATM Radar existem 25 ATMs que fazem esse tipo de negociação com a mesma segurança de um caixa eletrônico tradicional.

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Para comprar criptomoedas nessas máquinas — que geralmente estão instaladas em supermercados, shoppings e demais lugares privados de grande circulação de pessoas —, é preciso ter uma carteira digital configurada e pronta para ser utilizada e realizar o registro do número de informações pessoais no ATM. A partir daí, basta escolher a criptomoeda desejada e fazer o investimento.

O mesmo procedimento é feito para transações de venda, mas ao invés de inserir o dinheiro na máquina, o usuário faz o saque do valor negociado depois de acessada sua carteira e realizada a transação. A depender do operador do caixa eletrônico, é possível investir em criptomoedas com uma nota de apenas R$ 10.

3ª Pix

É possível comprar criptomoedas utilizando Pix em sites de empresas do setor. Para fazer a transação por meio dessa ferramenta é preciso se assegurar da autenticidade da empresa. Só faça transações com empresas conhecidas e que garantam a segurança do valor e a autenticidade das transações.

Feito isso, o procedimento geralmente envolve o preenchimento de um cadastro com dados pessoais básicos, seguido da criptomoeda que será adquirida e o valor a ser investido. Para efetuar a transação também é preciso ter uma carteira digital. Pode haver um valor mínimo exigido pelas empresas para o investimento via Pix. 

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Existe ainda a possibilidade de comprar e vender criptomoedas via Pix no sistema P2P (Peer-to-Peer), que é de pessoa para pessoa, sem a intermediação de uma empresa. Porém, essa maneira pode ser pouco segura. 

4ª Cartão de crédito

O cartão de crédito é utilizado também em sites de exchanges e de outras empresas do setor para compra de criptomoedas. Da mesma maneira, o cliente deve preencher informações sobre a criptomoeda que ele deseja adquirir, o valor a ser aportado e as informações da sua carteira digital para que o ativo seja depositado. 

Assim como em compras comuns, os cuidados básicos que o cliente deve ter com o cartão de crédito é com a plataforma e o dispositivo que ele utiliza. É necessário navegar por plataformas seguras, de empresas confiáveis, e utilizando um celular, computador ou qualquer outro gadget que esteja livre de invasores.

Vale ressaltar que o cartão de crédito tem uma das taxas mais altas entre as linhas de crédito e financiamento do país. Comprar criptomoedas utilizando essa solução pode sair muito caro se o usuário não tiver total controle das suas contas. A rentabilidade dos criptoativos, por maiores que sejam, jamais baterão o custo de um crédito rotativo de uma fatura em atraso.

5ª Transferências bancárias

Para quem deseja transacionar valores altos, que precisam de verificação de documentos e recursos financeiros, é comum que realizem a operação via transferência bancária para a empresa que deseja operar cripto através de um serviço exclusivo ou plataformas como as exchanges (corretoras de criptomoedas).

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Neste caso, as transferências podem ser via Ted ou Doc e assim como em outras formas de pagamento, o cliente deve preencher um cadastro com dados pessoais básicos e informações sobre sua carteira digital, ativo que deseja adquirir e valor a ser investido. 

6ª Corretoras de criptomoedas

As exchanges ou corretoras são uma opção interessante para quem procura um portfólio maior de moedas e ativos para negociação. Além disso, atendem pessoas que buscam operações mais sofisticadas, como as limit order. Nesse sistema, o usuário pode gerar uma ‘pré-ordem’ para comprar ou vender o ativo. 

Com essa ‘pré-ordem’, a transação é concluída de forma automática assim que o ativo atingir um determinado preço. Para isso, o investidor precisa da corretora, que acompanhará a oscilação do valor dos ativos e concluirá a compra ou venda quando o valor estabelecido for alcançado. 

Essa modalidade é utilizada para aproveitar oportunidades de mercado. Contudo, para ter bons ganhos é preciso conhecer com profundidade o mercado cripto e entender qual o preço máximo e mínimo que um ativo deve atingir em um determinado período. Isso requer bastante experiência e conhecimento.

Como escolher a melhor opção?

O passo mais importante na busca de uma empresa para transacionar cripto ativos tem que ser a segurança. Os aspectos a serem considerados são:

    • Qualidade e quantidade das criptomoedas no portfólio

    • Tempo da empresa no mercado

    • Existência de sede no Brasil

    • Perfil dos funcionários da empresa (e se eles existem, de fato)

    • Canais de comunicação reais e atualizados

    • Respeito à regulação do país

Além disso, o cliente precisa fugir de iniciativas que pressionam por compra ou venda dos ativos e de iniciativas que prometem retorno (especialmente, alto retorno), já que nenhum investimento de renda variável pode garantir rentabilidade, especialmente quando ela é muito acima do mercado.

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Método para cada perfil

Os usuários mais arrojados geralmente optam por serviços que ofereçam taxas acessíveis, comodidade e praticidade para operação. Essas facilitações geralmente estão acompanhadas de um risco maior, mas ainda sim estão dentro da normalidade se a empresa for idônea.

Entre os mais arrojados, a maioria consegue operar de forma independente e com autonomia tanto no ATM quanto em compras online, sabem solucionar suas dúvidas de forma rápida e garantir que seu objetivo seja concluído.

Porém, a maioria dos investidores precisa optar pela segurança em todas as partes da operação, não só na hora de identificar a idoneidade da empresa, mas também na realização de cada etapa. 

Para esses, a indicação é procurar por atendimento humanizado, que oriente o investidor durante todo o processo. Nesses casos, também é preciso ter certeza que a empresa é legítima e de que o atendimento tem um vínculo real com a companhia em questão. Garantidos esses pontos, o investidor pode operar com segurança e assertividade. 

Talvez o investidor encontre taxas um pouco mais altas nessa modalidade por conta da estrutura de atendimento, mas é melhor ter um acompanhamento especializado do que operar no escuro em um ambiente de alta complexidade.  

Sobre a autora

Isabela Rossa é country manager da CoinCloud no Brasil