A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira (14) vários mandados de prisão preventiva, busca e apreensão por meio da ‘Operação Habeas Pater’, contra o desembargador Cândido Ribeiro e seu filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro.
Eles são suspeitos de vender sentenças para traficantes e construir patrimônio com imóveis, carros de luxo e criptomoedas, “sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período”, segundo apurou o portal Metrópoles.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Brasília/DF, Belo Horizonte (MG) e São Luiz (MA). São cinco mandados de prisão preventiva; cinco de temporária; 17 mandados de sequestro de veículos e de sete imóveis, bem como o bloqueio de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas físicas e jurídicas, descreve a publicação.
Simultaneamente, as autoridades estão promovendo outra mobilização, com a “Operação Flight Level II”, uma ação conjunta da PF e com a Receita Federal (RF). A ação, diz em nota a PF, tem como objetivo de combater crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
A suspeita é que ambas as operações estejam conectadas: segundo o portal Metrópoles, o desembargador e o filho da Habeas Pater estariam vendendo sentenças exatamente para os traficantes da Flight Level II.
Segundo descreve o órgão, os líderes da organização criminosa se passavam por empresários do setor financeiro e constituíram empresas para movimentar recursos no território nacional.
As investigações mostraram que as empresas envolvidas estão em nome de laranjas, “sem capacidade econômico-financeira”, uma tática dos criminosos para disfarçar a conexão delas com os líderes do esquema, bem como desviar a atenção das autoridades públicas.
“As investigações preliminares identificaram aquisições de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos/receitas declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período”, ressalta.
Os mandados busca e apreensão, prisão preventiva e temporária, estão sendo cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Participam da operação 12 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 120 policiais federais.
A primeira fase da operação ocorreu em 2020 no Aeroporto Internacional de Lisboa, em Portugal, quando foi apreendido um avião executivo brasileiro que transportava 175 quilos de cocaína, conta o Metrópoles.
Segundo o site, o jatinho teria partido de Belo Horizonte, onde os donos da aeronave integravam esquema de transporte de drogas usando aviões privados.
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