O influencer e criador da casa de análises Suno Research, Tiago Reis, está sendo alvo nesta terça-feira (14) de uma operação de busca e apreensão autorizada pela 42ª Vara Cível de São Paulo para investigar uma suposta manipulação de mercados mobiliários.
A informação veio inicialmente do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e foi confirmada pelo Portal do Bitcoin pela assessoria de imprensa do executivo, também conhecido como grande crítico do Bitcoin.
Segundo a reportagem, estão sendo feitas buscas em cinco endereços diferentes nas cidades de São Paulo, Porto Alegre e Goiânia. Além da sede da Suno e seu dono, as autoridades também têm como alvo dois sócios de Reis: Vitor Duarte e Marcos Baroni.
Ação não está sendo feita pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Um advogado que trabalha com o mercado de capitais e pediu para não ter a identidade revelada disse que, pelo padrão da operação, trata-se de algo iniciado pelo Ministério Público.
A investigação seria por conta de fundo mobiliários, mais especificamente o fundo HCTR11. Os executivos são investigados por uma suposta tentativa de manipular o mercado por meio de publicações em redes sociais. A ação está em segredo de Justiça.
Jardim afirma que o caso teve início em abril de 2022, quando o fundo em questão teve uma oscilação fora do comum, tendo flutuado 25% em um curto período. Seria uma ação orquestrada de Reis e seus sócios para conseguir indicar aos cotistas os fundos da Suno Research.
Já o advogado que conversou com a reportagem lembra que a Suno denunciou irregularidades em um empreendimento da Hectare, a gestora do fundo, o que resultou em uma forte perda do PL (Patrimônio Líquido).
Reis é um dos maiores influencers do mercado financeiro do Brasil: possui 213 mil seguidores no Twitter e 91 mil no LinkedIn. Já a Suno tem 107 mil seguidores no Twitter.
A XP Investimentos também possui uma participação minoritária como acionista da Suno Research.
Assessoria de Tiago Reis
Procurado pelo Portal do Bitcoin, o grupo Suno confirmou a realização da operação em comunicado. “A empresa não teve acesso ao processo, portanto, neste momento, não pode dar mais detalhes da ação”, diz o texto.
“O Grupo Suno reforça que está 100% seguro de sua atuação e estamos tranquilos e certos de nossa inocência e da idoneidade de todos os nossos analistas e profissionais. Confiamos na atuação da Justiça e que a investigação será concluída com brevidade”, finaliza a nota
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