Homem segura mala cheia de dinheiro
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Os órgãos reguladores dos EUA estão começando 2023 com uma nova rodada de casos contra golpes envolvendo criptomoedas. O mais recente deles veio na quarta-feira (4): seis pessoas e duas empresas ligadas a um esquema de investimento denominado CoinDeal foram processados pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.

“Alegamos que os réus mentiram sobre o acesso a tecnologia blockchain e que a venda de ativos geraria retornos de investimento de mais de 500 mil vezes para os investidores”, disse Daniel Gregus, diretor do Escritório Regional da SEC em Chicago.

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A SEC acusou Neil Chandran, Garry Davidson, Michael Glaspie, Amy Mossel e Linda Knott por seu papel na CoinDeal, um esquema que a agência diz ter levantado mais de US$ 45 milhões – o equivalente a cerca de R$ 230 milhões – com vendas do que chama de títulos não registrados para milhares de investidores em todo o mundo.

Chandran já está atrás das grades, aguardando julgamento em um caso separado de fraude de investimento, sob responsabilidade do Departamento de Justiça dos EUA.

“Como alegado em nossa queixa, na realidade, tudo isso era apenas um esquema elaborado em que os réus se enriqueciam enquanto fraudavam dezenas de milhares de pequenos investidores”, disse Gregus.

A SEC diz que os réus usaram o dinheiro do golpe da CoinDeal para comprar carros, imóveis e um barco.

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O objetivo da agência é recuperar o dinheiro supostamente roubado pelos réus, juntamente com juros pré-julgamento, penalidades e liminares permanentes contra todos os réus.

De janeiro de 2019 a 2022, a agência alega que o grupo fez declarações falsas e enganosas de que os investidores poderiam ter altos retornos investindo na CoinDeal, que o grupo promoveu como uma empresa de tecnologia blockchain. Mas em seu dossiê, a SEC diz que a empresa era falsa e nenhuma venda ou distribuição ocorreu de fato.

Esta não é a primeira vez que o réu Chandran enfrenta um tribunal. Em junho de 2022, o Departamento de Justiça dos EUA prendeu e denunciou ele com três acusações de fraude eletrônica por seu papel em fraudar investidores em um esquema separado no qual ele alegou falsamente estar desenvolvendo um metaverso e uma criptomoeda nativa.

Entre os 100 bens apreendidos pelas autoridades e pelo FBI estavam contas bancárias, imóveis e carros de luxo—incluindo 39 veículos Tesla.

Se condenado no caso do Departamento de Justiça, Chandran enfrentará 20 anos de prisão federal.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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