Falando no Congresso Bitcoin em Varsóvia, capital da Polônia, no dia 12 de maio, Antonopoulos, que é famoso por ser um defensor e educador do Bitcoin desde 2013, argumentou que a “estranheza” e a capacidade de descentralização do Bitcoin de “ofender” foram fundamentais para o seu sucesso.
“… O motivo pelo qual o Bitcoin é interessante é porque não é controlado, porque não pode ser censurado, porque é aberto, porque muitas das pessoas envolvidas são muito, muito estranhas”, disse ele.
[…] Se você tirar tudo isso, o que lhe resta – este Blockchain – é um ambiente estéril, inexpressivo (sic), não inventado; um brinquedo corporativo que foi higienizado de todo interessante e deixado como uma concha vazia.
Blockchain é ”Basicamente um banco de dados muito lento”
“É basicamente um banco de dados muito lento”, continuou Antonopoulos.
Se alguém vier até você e disser: “Preciso de um blockchain para o meu negócio?” Pergunte-lhe: “Você precisa de algo que seja aberto, neutro, sem fronteiras, que ninguém controle e que resista à censura?” Então você precisa do Bitcoin, Ethereum, Monero, ZCash – algum Blockchain… público, aberto que expressam essas capacidades.
Além do Bitcoin, Antonopoulos também tinha palavras de advertência para os bancos que procuravam o Ethereum para soluções Blockchain.
“Agora, os grandes bancos, governos – eles estão apaixonados pelo Ethereum. Eles adoram o fato de que o Ethereum tem todos esses recursos que parecem muito, muito menos estranhos do que o Bitcoin”, continuou ele.
Mas eles não percebem que toda a estranheza ainda está lá […]. O objetivo do Ethereum é criar códigos que não podem ser parados, aplicativos que você não pode desativar, e o motivo pelo qual eles não podem ser desativados é porque eles são aplicativos descentralizados (DApps). Por que criar um DApp a menos que você queira fazer um DApp que alguém queira desativar e você quer continuar trabalhando?
Andreas Antonopoulos e o Bitcoin
Há poucas pessoas dentro da comunidade de criptomoedas que são universalmente respeitadas. Infelizmente, devido à discussões sobre diferentes moedas, protocolos, forks, formas de escalar, formas de mineração, entre outras, acabam gerando uma espécie de dualismo ou até um antagonismo entre os membros da comunidade. Mas se há uma pessoa que todos respeitam, o nome dele é: Andreas M. Antonopoulos
Conheceu o Bitcoin no final de 2011 e desde 2012 tem se dedicado integralmente ao mundo de criptomoedas. Pela sua formação acadêmica, teve, na época, condições privilegiadas para entender a fundo a tecnologia. Escreveu diversos livros que são referências no mundo do Bitcoin, entre eles: Mastering Bitcoin e Internet of Money. Ambos já traduzidos em diversas línguas. Segue aqui um link do Mastering Bitcoin em português.
Orador nato e com uma clareza ímpar para transmitir de forma amigável conceitos de difícil compreensão, logo se transformou em garoto propaganda/guru de uma tecnologia, que até pouco tempo era praticamente desconhecida do público em geral.
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