Um grupo de entusiastas de Monero, aparentemente fartos de exchanges centralizadas, está planejando nas redes sociais uma “corrida bancária” para retiradas dos tokens XMR na próxima segunda-feira, dia 18 de abril.
O chamado “Monerun” (junção dos termos Monero e corrida, em inglês), no oitavo aniversário do lançamento da criptomoeda, é uma reação ao que os membros da comunidade veem como falta de transparência sobre o Monero, incluindo alegações de que as exchanges centrais estão suspendendo saques XMR e deturpando informações sobre reservas do token.
“Parece cada vez mais que as exchanges estão negociando em papel #Monero e mentindo sobre o quanto elas têm para os clientes. Desista, tire essas chaves das exchanges e realmente possua seu $ XMR”, escreveu o engenheiro de segurança da informação e entusiasta do Monero, Seth Simmons, no Twitter.
Um post do Reddit na quinta-feira detalhou o plano. “Estamos retirando o XMR das exchanges”, escreveu uma pessoa chamada bawdyanarchist no subreddit r/CryptoCurrency. “Qualquer exchange que não tenha desativado os saques (o que muitos já fizeram), estamos retirando nossos fundos.” Esse post tinha sido votado mais de 2.200 vezes desde sábado.
Bawdyanarchist escreveu que a tecnologia de contabilidade ofuscada do Monero tornou possível que as exchanges deturpem as reservas e vendam XMR que eles realmente não possuem. Bawdyanarchist disse que as exchanges podem fazer isso porque acreditam que a maioria dos detentores de Monero não tentará retirar seus fundos.
Então, agora, os membros da comunidade Monero parecem estar coordenando esforços para retirar moedas XMR do maior número possível de exchanges para ver se estão certas.
A 32ª maior criptomoeda por valor de mercado, com cerca de US$ 4,2 bilhões, de acordo com a CoinMarketCap, Monero é uma moeda de privacidade lançada em 2014 a partir de um hard fork da Bytecoin. Monero significa “moeda” em esperanto, a língua internacional inventada no século XIX. Monero estava sendo negociado por cerca de US$ 238 no momento da redação deste texto.
O Monero usa uma técnica criptográfica chamada provas de conhecimento zero, que permite que os usuários façam transações sem especificar nenhum detalhe sobre as transações além de serem legítimas. Ao contrário de outras moedas de privacidade, como Zcash, que permitem transações públicas, o Monero permite apenas transações privadas.
“Que melhor maneira de comemorar o nascimento do verdadeiro dinheiro digital do que coordenar uma operação de banco monero centralizada!!!” tuitou Douglas Tuman, ex-candidato ao Congresso e defensor do Monero.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.