Imagem da matéria: Manhã cripto: Bitcoin (BTC) passa dos US$ 44 mil e Ethereum (ETH) dispara 8%
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Nesta terça-feira (15), o Bitcoin (BTC) amanheceu cotado em US$ 44.085 e com alta de 4,4%, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) sobe 8%, negociado a US$ 3.094. A capitalização de mercado total mostra alta de 5,5% nas últimas 24 horas, acima de US$ 2 trilhões. 

Esse bom momento é refletido em todas as principais criptomoedas do mercado: operam em alta Binance Coin (+8,8%), XRP (+5,4%), Cardano (+6,5%), Solana (+11,5%), Terra (+8,6%), Avalanche (+13,4%), Polkadot (+8,2%), Dogecoin (+4,3%), Shina Ibu (+6,8%).

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O mercado de criptomoedas continua atento às negociações entre a Rússia e países do Ocidente diante dos riscos à oferta global de energia caso o governo russo invada a Ucrânia. As pressões inflacionárias nos Estados Unidos também devem influenciar o universo cripto.

No Brasil, o Bitcoin é cotado a R$ 230.168, com alta de 3,2%, segundo o Índice do Portal do Bitcoin

Edward Moya, analista sênior de mercado da OANDA para as Américas, disse ao CoinDesk que a tensão entre Rússia e Ucrânia tem pressionado as cotações do petróleo, mas caso uma saída diplomática avance o mercado vai se concentrar na economia americana. Investidores acompanham de perto o relatório dos preços ao produtor nos EUA que será divulgado nesta terça-feira. 

Para especialistas, dados de fundos de criptomoedas podem sinalizar recuperação do mercado cripto. O Bitcoin fechou janeiro em queda de 17%, mas acumula ganho de 11% em fevereiro, aponta o CoinDesk

Fundos cripto atraíram US$ 75 milhões em novos investimentos na semana passada, na quarta semana seguida de entradas líquidas, de acordo com relatório da gestora de ativos digitais CoinShares. No período de sete dias até 11 de fevereiro, os fundos de Ethereum registraram a primeira entrada em 10 semanas e atraíram US$ 21 milhões.  

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O relatório destaca diferenças regionais, com saídas de US$ 5,5 milhões nas Américas e entradas de US$80,7 milhões em produtos de investimento europeus. 

E um padrão técnico sugere tempos melhores para a criptomoeda com maior capitalização de mercado, segundo a Bloomberg. O padrão, chamado cabeça e ombros invertidos, indica um alvo de US$ 53.000 caso a “linha de pescoço” ultrapasse US$ 44.600. 

Outros destaques 

Crise iminente?: Em coluna no Valor, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola diz que o aumento da volatilidade nos últimos meses e a perspectiva de aperto monetário alimentam receios de uma nova crise financeira. Para ele, os criptoativos seriam os “vilões” com “produtos financeiros supervalorizados, opacos e mal regulados”.  

Contratações na Coinbase: A maior bolsa de criptomoedas dos EUA planeja contratar até 2 mil pessoas em 2022 de olho em oportunidades no desenvolvimento da Web 3 e outras áreas, disse o diretor de Pessoas, L.J. Brock, em comunicado no blog da empresa. A Coinbase vai expandir as equipes de produto, engenharia e design, informou o CoinDesk

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Uber de olho em cripto: Em algum momento, usuários da Uber poderão pagar viagens usando criptomoedas, disse Dara Khosrowshahi, CEO da empresa, em entrevista à Bloomberg Television. Segundo o executivo, a companhia ainda não adotou as moedas digitais por causa do alto custo das transações e do impacto ambiental, informou a Época Negócios

Regulação e CBDCs 

Transações cripto no Canadá: Em resposta aos protestos liderados por caminhoneiros que bloquearam as principais vias de acesso na fronteira EUA-Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau acionou na segunda-feira a Lei de Emergências pela primeira vez desde que foi aprovada em 1988. A medida amplia a cobertura das leis contra a lavagem de dinheiro e agora inclui plataformas de crowdfunding e transações de criptomoedas, segundo o CoinDesk. A plataforma Tallycoin teria captado mais de 20 bitcoins – ou quase US$ 1 milhão – para os caminhoneiros. 

Repressão na Índia: Para um vice-presidente do banco central indiano, as criptomoedas são semelhantes aos esquemas Ponzi ou pior, e bani-las é a opção mais sensata para que o país possa evitar ameaças à estabilidade financeira e macroeconômica, informou a Reuters. 

Impacto do yuan digital: A versão digital da moeda chinesa teve um impacto muito pequeno no setor financeiro até o momento, de acordo com o chefe da unidade de moeda digital do banco central. O saldo nas carteiras e-CNY é de cerca de 470 milhões de yuans (US$ 73,9 milhões), em comparação com a oferta monetária, que se refere ao dinheiro em circulação, de 8,6 trilhões de yuans, disse Mu Changchun, chefe do Instituto de Moeda Digital do Banco Popular da China, em fórum online do Atlantic Council, informou a Bloomberg. 

MiamiCoin: Fevereiro é o melhor mês até agora da criptomoeda MiamiCoin. A cidade de Miami recebeu o primeiro resultado da mineração do criptoativo, segundo o BeIncrypto, com valor de US$ 5,25 milhões na primeira quinzena do mês. 

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Nova era: A BlockFi anunciou na segunda-feira que vai buscar aprovação da SEC para contas que pagam altos rendimentos a clientes por emprestar criptomoedas como parte de um acordo recorde de US$ 100 milhões com reguladores federais e estaduais. Com o plano, a empresa seria a primeira a oferecer um produto desse tipo liberado pela SEC, o que aumenta a pressão para que rivais sigam o exemplo, conforme a Bloomberg

Segurança 

Confisco de NFTs: Autoridades fiscais britânicas anunciaram na segunda-feira a primeira apreensão de tokens não fungíveis em uma investigação de atividades criminosas suspeitas. A agência britânica confiscou três NFTs depois de investigar uma tentativa de fraudar os cofres públicos avaliada em 1,4 milhão de libras (US $ 1,9 milhão), noticiou o Portal do Bitcoin

Metaverso, Games e NFTs 

Infância das NFTs: Análise do Financial Times destaca o contraste do mercado de tokens não fungíveis. Embora cerca de US$ 24 bilhões em NFTs tenham sido negociados até o momento, de acordo com a Cryptoslam.io, incluindo mais de US$ 4 bilhões somente em janeiro, o número de usuários ainda é pequeno, considerando os 5 bilhões de pessoas que navegam na Internet. Dados do site DappRadar mostram que a plataforma OpenSea tinha cerca de 500 mil usuários ativos no mês passado.  

Startup brasileira: A Cryga, especializada em tecnologia e arte, se uniu ao Museu da Fama, um dos maiores colecionadores mundiais de obras de arte, para criar uma plataforma descentralizada para negociação, registro e autenticação de obras de arte, físicas e NFTs, 100% registradas em blockchain, segundo a Forbes

Internet do futuro: Após receber aporte de mais de R$ 4 milhões, a Illios, uma startup carioca, tentará explorar em escala industrial um novo tipo de internet — que surge para dar conta da proliferação de objetos conectados, é colaborativa e se alimenta de criptomoedas, informou o Globo

Oferta da Samsung: A linha Galaxy S22 será acompanhada de NFTs para aqueles que garantirem os aparelhos durante a pré-venda. Em parceria com a Theta Labs, todos os aparelhos S22, S22+, S22 Ultra e o Tablet S8 serão oferecidos com um token não fungível que garante benefícios exclusivos aos proprietários.