Em 11 de maio, os desenvolvedores do Ethereum comunicaram que a rede estava enfrentando problemas na finalização de transações. Novos blocos podiam ser propostos, mas algo desconhecido impedia que todo o processo fosse concluído. Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que ocorreu e refletir sobre o significado disso. Será apenas uma página na história?
Antes de tudo, é importante mencionar que a situação ocorrida de finalização não afetou os usuários finais (aqueles que realizam transações), mas sim os clientes que participam da rede. Portanto, é possível que você tenha utilizado a rede durante esses dias com complicações sem perceber o que aconteceu.
O primeiro incidente, em 11 de maio, durou apenas 25 minutos. A causa raiz do problema ainda não é conhecida com certeza. No entanto, especula-se que possíveis questões relacionadas aos clientes de staking possam estar envolvidas.
No dia seguinte, a Beacon Chain do Ethereum, principal camada que cuida da validação, enfrentou outro problema de finalização de transação que durou mais de uma hora. No entanto, um desenvolvedor do Ethereum enfatizou que, apesar desse contratempo, “nenhuma transação foi interrompida” e o incidente teve “zero impacto na atividade da cadeia”.
Após dois dias consecutivos de interrupções, ficou difícil negar que havia uma falha real e relevante em questão.
A comunidade desejava saber o quão grave era o problema. E, naturalmente, surgiu o medo de que isso fosse apenas o prelúdio de quedas e paralisações completas na rede.
Então, qual é a probabilidade de tudo “desandar” no futuro?
Ajustando as engrenagens do Ethereum
Em 13 de maio, o Ethereum forneceu uma atualização extraordinária para os clientes participantes da rede, a fim de resolver os problemas enfrentados. Essa atualização trouxe também um otimismo em relação ao passado.
Segundo a Fundação Ethereum, “o problema parece ter sido causado por uma alta carga em alguns dos clientes da camada de consenso, que, por sua vez, foi causada por uma situação excepcional. Embora a rede não tenha sido capaz de finalizar as transações, ela estava funcionando conforme o projetado e os usuários finais puderam realizar transações.”
A fundação também esclareceu que uma investigação detalhada sobre a causa raiz está em andamento.
Além disso, foram implementadas otimizações que devem prevenir efetivamente futuras ocorrências dos problemas, garantindo uma rede mais estável no futuro.
Agora, deixemos de lado a posição do protocolo e vou contribuir com minha visão.
O Ethereum é um projeto que está constantemente buscando melhorias. Isso traz consigo o risco de possíveis bugs, que fazem parte do processo. Erros e acertos são comuns em qualquer grande código em processo de aperfeiçoamento.
Um projeto que busca evitar bugs deve optar por uma abordagem mais simples e estável. Esse é o caso do Bitcoin: ele foi projetado para ser mantido sem grandes mudanças ou surpresas. É por isso que não vemos bugs e falhas em seu código, ao contrário do que acontece com muitas altcoins.
Isso não significa que o Bitcoin seja o único correto ou que o Ethereum esteja errado. Isso apenas mostra que eles possuem abordagens diferentes. Qual é melhor? Isso depende de vários fatores e pontos de vista diferentes, o que não cabe abordar neste artigo.
Até o momento, em relação à rede Ethereum, devemos encarar as falhas como algo natural e reconhecer o esforço dos desenvolvedores em encontrar soluções satisfatórias.
Apesar de tudo, é importante estar atento e acompanhar cuidadosamente as próximas semanas. Um investidor de sucesso se prepara para todos os cenários, não é mesmo?
Ainda há muito a ser atualizado e modificado no Ethereum, o que deixa espaço para o imprevisível. No entanto, não vale a pena sofrer antecipadamente ou aumentar situações de estresse que talvez nem existam.
Os fundamentos do Ethereum continuam fortes e o cenário no longo prazo não é assustador. Entre as altcoins, o ETH ainda se destaca como o mais forte, e o incidente não o retirou do topo de sua categoria.
Que as outras altcoins se esforcem para superá-lo… No entanto, esse não é um cenário fácil de imaginar em um futuro próximo. Vamos continuar acompanhando!
Sobre o autor
Fabrício Santos possui MBA em Engenharia Econômica, é Product Manager e atua como Coordenador de Educação da Criptomaníacos, contribuindo no setor de conteúdo, produto e pesquisa da empresa desde 2019.
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