Veja 4 dados que indicam que o Bitcoin pode subir ainda mais nos próximos meses

Indicadores da economia global e dos EUA, além de dados do mercado de derivativos, apontam que o Bitcoin pode chegar aos US$ 40 mil em breve
Imagem da matéria: Veja 4 dados que indicam que o Bitcoin pode subir ainda mais nos próximos meses

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2023 tem sido um ano de recuperação para o Bitcoin (BTC), rendendo uma valorização para a criptomoeda líder do mercado que já ultrapassa de 120% desde 1º de janeiro.

Investidores estão atentos ao processo de aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista e ao halving, que reduz pela metade a emissão de novas criptomoedas no mercado. Esses fatores, que podem impulsionar os preços do BTC, são respaldados por outros dados que indicam um otimismo justificado.

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Como destaca o CoinDesk, três gráficos envolvendo o mercado financeiro tradicional apontam que existem motivos para acreditar que o Bitcoin pode continuar subindo no curto prazo.

O primeiro deles é um gráfico da consultoria TS Lombard, que mostra o equilíbrio entre o aperto e o afrouxamento da política monetária dos bancos centrais desde 1947. Uma política frouxa envolve o aumento de liquidez, com injeção de capital, corte de juros e outras medidas, como ocorreu após o estouro da pandemia de Covid-19.

Já uma política restritiva funciona para enxugar a liquidez com aumento de juros e controle de inflação. Neste cenário, a tendência é que o mercado se sinta desestimulado a assumir mais risco, como comprar criptomoedas, partindo para ativos considerados mais seguros e tradicionais, como títulos do Tesouro americano.

Variação de políticas monetárias mais restritivas (positivo) e frouxas (negativo) (Fonte: BIS e TS Lombard)

No gráfico acima, valores positivos apontam para uma política mais apertada, e valores negativos indicam um mercado mais frouxo. O que ele indica neste momento é que as recentes medidas dos BCs globais tenham deixado o pico do aperto monetário para trás, caminhando agora para um momento de afrouxamento, que tende a favorecer ativos considerados mais arriscados.

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A segunda imagem mostra o Índice de Condições Financeiras dos EUA (FCI) feito pelo Goldman Sachs. Seguindo na mesma ideia do dado anterior, o gráfico mostra que o índice desabou de sua máxima de 100,74 atingida há algumas semanas, para menos de 100, indicando que o Federal reserve (como é chamado o BC dos EUA) pode começar a afrouxar sua política.

Índice de Condições Financeiras dos EUA (FCI) feito pelo Goldman Sachs

O FCI é uma média ponderada das taxas de juros de curto prazo, de longo prazo, taxa de câmbio do dólar ponderada pelo comércio, um índice de spreads de crédito e a relação entre os preços das ações e a média de 10 anos de lucro por ação.

Uma queda de 1% do índice provoca um impulso positivo de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) americano nos próximos três a quatro trimestres seguintes, e vice-versa. Ou seja, essa queda recente pode apontar para uma economia mais resiliente, o que ajuda a trazer ímpeto para ativos de risco.

O último gráfico mostra o rendimento (yield) do título do Tesouro dos EUA de 10 anos, que caiu 50 pontos base, para 4,43%, após o Tesouro anunciar um ritmo mais lento de compras de títulos no início deste mês.

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Rendimento (yield) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de 10 anos, indicando o rompimento de suporte e a figura ombro cabeça ombro

Considerado no mercado financeiro como o ativo mais seguro do mundo, esse título do Tesouro tem a ser o “porto seguro” dos investidores em tempos mais turbulentos. Porém, uma queda em seu rendimento faz com que essas pessoas comecem a procurar outros ativos com melhores retornos, ainda que mais arriscados, como ações e criptomoedas.

O gráfico mostra que existe ainda a tendência que esse yield de 10 anos pode cair ainda mais, segundo padrões de análise técnica apontados pela equipe do EFG Bank e citado pelo CoinDesk.

“Os rendimentos de 10 anos apresentaram uma máxima mais baixa (conforme esperado) e romperam o suporte, superando um topo de ombro cabeça ombro. O padrão aponta para uma meta de cerca de 3,93%, mas os níveis atuais (tendência de alta) e os 4,33% são suportes potenciais também”, disse a equipe de analistas.

Mercado de derivativos também indica otimismo

Outros números que sustentam a empolgação dos investidores no atual momento é o do mercado de derivativos, que atinge níveis não vistos desde o fim de 2021, quando o Bitcoin atingiu sua máxima histórica de US$ 69 mil.

Dados da Deribit, maior bolsa de opções de criptomoedas do mundo, citados pela Bloomberg, mostram que o valor nocional (valor de face sobre o qual o cálculo dos pagamentos de um instrumento financeiro é determinado) das opções de Bitcoin em aberto na plataforma está em um nível recorde de US$ 14,9 bilhões. Em outubro de 2021, esse valor era de US$ 14,4 bilhões.

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Enquanto isso, a taxa média de financiamento de sete dias para futuros perpétuos de Bitcoin até 15 de novembro estava no mesmo patamar de quando o BTC atingiu sua máxima histórica há dois anos.

Já na Bolsa de Chicago (CME), que recentemente se tornou o maior mercado de futuros de Bitcoin do mundo, a curva de preços saiu de um nível de US$ 32 mil um mês atrás, para a casa de US$ 40 mil atualmente. Essa curva de preços tende a indicar o quão otimista está o mercado para o futuro do valor de um ativo.

O próprio crescimento da CME, que superou a Binance, já é considerado um fator positivo, mostrando que investidores institucionais estão mais propensos a entrarem no mercado, buscando para isso uma bolsa já regulada para terem mais segurança no investimento.

Os dados da Deribit mostram uma preponderância de apostas otimistas em opções de Bitcoin indo de US$ 40.000 até US$ 45.000 para o final de dezembro, o que também indica que esse primeiro valor pode ser um ponto importante de teste de preço para que o Bitcoin continue a subir no curto prazo.