THORSwap tenta solucionar problema da centralização em plataformas que conectam diferentes blockchains

Apesar de ter sido alvo de inúmeras invasões, a THORChain aprendeu sua lição e está focando na segurança para fornecer uma via de acesso única
Imagem da matéria: THORSwap tenta solucionar problema da centralização em plataformas que conectam diferentes blockchains

(Foto: Shutterstock)

O grande paradoxo da atual economia “descentralizada” é que corretoras centralizadas processam grande parte das conversões de ativos entre blockchains (ou “cross-chains”). Um sistema econômico resistente à censura precisa de corretoras descentralizadas (ou DEXs, na abreviatura em inglês).

Embora existam muitas corretoras descentralizadas, como a Uniswap, a maioria só fornece suporte a meia dúzia de ativos nativos a uma só blockchain. Por exemplo, a SushiSwap, uma DEX popular, opera na blockchain do Ethereum e só é compatível com tokens padrão ERC-20.

Publicidade

Apesar de essas DEXs de blockchain única serem úteis, sua incapacidade em converter ativos entre diferentes blockchains limita o crescimento de economias descentralizadas.

A THORSwap aproveita os elementos entre blockchains da THORChain para dar aos usuários a capacidade de converter ativos nativos entre diversas blockchains. Seus recursos, sua tokeconomia e seu roteiro de desenvolvimento (ou “roadmap”) fizeram a THORSwap ser uma das primeiras DEXs “multichain”.

O que é THORChain?

THORChain e THORSwap são protocolos complementares que oferecem atividades de liquidez e negociação, respectivamente.

Enquanto THORSwap é independente da THORChain e oferece muitos serviços exclusivos, beneficia-se das inovações técnicas criadas pelo protocolo THORChain. As inovações e a tokeconomia da THORChain serão fundamentais no futuro sucesso da THORSwap.

Como funciona a THORChain?

THORChain é um protocolo descentralizado de liquidez que permite a negociação nativa de criptomoedas de blockchains completamente diferentes de forma apermissionada. Foi fundado por um grupo de desenvolvedores anônimos em 2018 e desenvolvido no kit de desenvolvimento de software (ou SDK) da Tendermint e Cosmos.

Publicidade

THORChain, assim como outros formadores automatizados de mercado (ou AMMs), utiliza o modelo de pools de liquidez, em que participantes depositam ativos para obter recompensas. Contratos autônomos criados pelo protocolo determinam o preço de cada ativo e fornecem liquidez a traders.

Grande parte dos AMMs foram desenvolvidos em infraestruturas de primeira camada (ou L1), ou seja, a DEX não pode converter ativos entre blockchains sem usar uma bridge. Essa característica evita que DEXs, como a Uniswap, comuniquem-se com ativos que estejam fora do ecossistema do Ethereum sem usarem uma bridge.

Embora a THORChain use muitos dos mesmos mecanismos AMMs, pode interagir entre blockchains usando THORNodes, que incluem um nó para a própria blockchain THORChain (da SDK Tendermint/Cosmos) e um nó para cada ativo integrado à THORChain (ou seja, nó do Bitcoin, nó do Ethereum).

Esses nós atuam como “vaults” da THORChain para que quando ETH é convertido em BTC, os nós-validadores detectem e concordem que ETH foi recebido. Em seguida, o nó de BTC irá aprovar coletivamente uma transação de saída equivalente ao ETH depositado. Basicamente, THORNodes permitem que o protocolo leia, entenda e sincronize transações de entrada de blockchains externas.

Publicidade

Recursos da THORChain

Em vez de livros de oferta com ordens limitadas, THORChain utiliza pools contínuos de liquidez (ou CLPs). Antes desenvolvidos por protocolos, como Bancor, esses CLPs criam um pool de liquidez com necessidade mínima de confiança (ou “trustless”) que nunca exige a combinação de um comprador e um vendedor.

Participantes são incentivados a fornecer liquidez em troca de altas recompensas. A combinação entre a liquidez e o câmbio “trustless” apresentam um mercado refinado com volatilidade limitada e manipulação de preço.

Para lidar com os obstáculos da interação com diversas blockchains, recentemente, a THORChain apresentou ativos sintéticos (ou “synths”), que são representações com garantia completa de um ativo e lastreadas por seus pools de liquidez. Synths permitem a liquidação barata e instantânea de ativos sem o risco de perda impermanente ou dissolução.

Já que cada ativo sintético é parcialmente lastreado por RUNE, o token nativo da THORChain, a apresentação de synths gera mais demanda para o token enquanto aumenta simultaneamente o valor total bloqueado (ou TVL) da rede. Além disso, já que a THORChain funciona na SDK da Cosmos, synths vão poder interagir com aplicações do ecossistema Cosmos de forma nativa.

Recursos do protocolo THORSwap

THORSwap é um agregador de DEXs entre blockchains desenvolvido na rede THORChain. Fornece suporte a criptoativos nativas de diferentes blockchains sem depender de bridging ou versões “wrapped” desses ativos.

Publicidade

Por ser uma aplicação descentralizada (ou dapp) na rede THORChain, a THORSwap se beneficia do modelo revolucionário de AMM da THORChain e da tokeconomia de RUNE, seu “utility token”/token de governança.

Porém, a THORSwap oferece mais funcionalidade além da THORChain. Primeiro, oferece uma forma intuitiva para usuários converterem ativos nativos entre diversas blockchains. Também atua como um agregador de DEXs para ser compatível com uma variedade maior de ativos.

Além disso, está desenvolvendo integrações com outras interfaces de programação de aplicação (ou APIs) e carteiras descentralizadas entre blockchains.

Conversões “cross-chain”

A THORSwap é compatível com ativos nativos de sete blockchains: Bitcoin, Ethereum, Binance Smart Chain (ou BSC), Bitcoin Cash, Litecoin, Dogecoin e THORChain (oito se levar Terra em consideração antes do colapso em maio).

Além disso, fornece suporte para diversos tokens padrão ERC-20 e BEP2, incluindo grandes stablecoins, como DAI, USDC, USDT e BUSD. No total, os ativos disponíveis na THORSwap representam quase US$ 900 bilhões — uma parte significativa da capitalização do mercado de criptomoedas.

Ativos compatíveis nativamente na THORSwap: A rede fornece suporte a sete blockchains, 13 tokens ERC-20, cinco tokens BEP2 e ativos sintéticos (Imagem: Messari)

Recentemente, a THORSwap apresentou uma versão atualizada do protocolo (“THORSwap V2” ou “segunda versão”), que melhorou a experiência de usuário (ou UX).

As atualizações incluem uma melhor experiência/interface para usuários (UX/UI) para conversões e liquidez, uma experiência mais suave para a resolução de depósitos de liquidez pendentes e novas formas para conectar carteiras. A simplicidade de liquidez da segunda versão da THORSwap imita a de grandes corretoras, como Coinbase, sem sacrificar o charme da Web3.

Publicidade

A THORSwap também oferece opções mais avançadas de negociação. Por exemplo, usuários podem manualmente inserir o “slippage” (diferença entre preço) e a velocidade de transação desejados, que determinam, em parte, as taxas de gas necessárias.

As simples UI/UX provavelmente tornarão a THORSwap em uma participante fundamental na integração de mais usuários à THORChain e às Finanças Descentralizadas (ou DeFi) como um todo.

Exemplos de interface de usuários na THORSwap (Imagem: THORSwap, Messari)

Agregação de DEXs entre blockchains

Atualmente, a THORSwap utiliza THORChain para permitir transações entre ativos digitais. Embora THORChain também irá evoluir para fornecer suporte a um número crescente de ativos, não foi criado para ser compatível com ativos de cauda longa, como a variedade de tokens ERC-20 no Ethereum.

Porém, a THORSwap terá o papel de agregador de DEXs, explorando diferentes fontes de liquidez para fornecer suporte a uma ampla variedade de ativos digitais de diversas blockchains.

Inicialmente, THORSwap irá se integrar com o protocolo 1inch para acessar liquidez nas redes Ethereum, Polygon e Binance Smart Chain de mais de 50 fontes de liquidez. Essa funcionalidade de “agregação de agregadores” fornecerá um número inigualável de ativos nativos para conversão.

Proteção à perda impermanente

Uma desvantagem dos formadores automatizados de mercado (ou AMMs) é um fenômeno chamado “perda impermanente”. Acontece quando a fórmula para o reajuste algorítmico de token do AMM cria uma diferença no preço entre um ativo em staking em um pool de liquidez e o mesmo ativo mantido fora de um pool de liquidez.

A perda impermanente apresenta o risco da perda financeira e, geralmente, é uma preocupação para fornecedores de liquidez. Para evitar perdas, DEXs geralmente pagam taxas de negociação para pools de liquidez ou recompensas a fornecedores de liquidez (ou LPs) com airdrops (distribuições de tokens).

A THORSwap resguarda usuários com a “Proteção de Perda Impermanente” (ou IPL). Esse programa garante que LPs sempre estejam fornecendo liquidez em vez de armazenarem ativos. A IPL é paga se a perda impermanente exceder a receita do LP pelo fornecimento de liquidez.

Porém, se um LP ganhar taxas e recompensas suficientes para cobrir a perda impermanente, essa receita irá financiar a proteção. Na THORSwap, LPs recebem IPL linear ao longo de 100 dias, ou seja, recebem uma proteção adicional de 1% durante todos os dias em que fornecerem liquidez.

Recompensas dinâmicas no pool de liquidez

Fornecedores de liquidez recebem recompensas na forma de RUNE e do ativo conectado ao pool. O retorno é composto por taxas de negociação e recompensas do cronograma pré-determinado das emissões do token.

Essas recompensas são calculadas para fornecedores de liquidez a cada bloco e pagas quando esses fornecedores removem ativos do pool. O rendimento percentual anual (ou APY) para cada pool é influenciado por:

– volumes de conversão – determinam as taxas de transação;

– tamanho das conversões – influencia a magnitude do “slippage” (diferença entre o preço estimado e o preço de execução);

– pêndulo de incentivo – característica do protocolo THORChain e THORNodes, que fornecem recompensas dinâmicas a LPs e operadores de nós, dependendo da oferta e demanda dos ativos depositados;

– variação no preço dos ativos – pode influenciar o retorno se este for precificado em um terceiro ativo (em dólar, por exemplo).

Atualmente, a THORSwap oferece aos fornecedores de liquidez uma APY entre 8% e 25%, dependendo do pool. Essas recompensas provavelmente vão diminuir à medida que a rede amadurece e passa por cada vez mais adesão. À medida que as emissões de token diminuem, o retorno vai ficar cada vez mais composto de receitas pelas taxas.

API e Hammer Wallet

A THORSwap também irá apresentar uma interface de programação de aplicação (ou API) externa, permitindo que terceiros acessem facilmente os serviços do protocolo. A API irá incluir funções para carteiras externas e permitir conversões entre carteiras e para rastreadores de moedas, como o CoinGecko, conversões entre blockchains.

Também possibilitará a transferência automática de liquidez ao pool de liquidez de maior pagamento de rendimentos da THORChain, similar aos agregadores dinâmicos de retornos, como o Yearn Finance.

Assim como a API da THORSwap, a apresentação da Hammer Wallet — uma aplicação para celular que é compatível com conversões entre blockchains — aumentará o volume negociado na THORSwap e beneficiar ainda mais os membros da comunidade.

A Hammer Wallet irá possibilitar um futuro multichain, pois todas as blockchains compatíveis estarão integradas e consolidadas em um só aplicativo de carteira móvel, permitindo a gestão e a conversão direta de ativos nativos e de cauda longa.

As taxas de transação por conversões serão bem menores do que a de protocolos adversários (0,3%) e o aplicativo terá suporte a clientes durante 24 horas por dia, refletindo o foco da comunidade THORSwap.

Adesão

A THORSwap é uma das primeiras DEXs multichain. Desde seu lançamento oficial, a corretora processou um total de 2,7 milhões de transações e US$ 1,85 bilhão de volume, representando cerca de 20% do volume total da rede THORChain. As transações restantes são processadas principalmente por árbitros que operam robôs personalizados e DEXs alternativas e menores, como Asgardex e DeFiSpot.

Volumes negociados na THORSwap: Volumes negociados na THORSwap representam cerca de 1/5 dos volumes totais negociados na THORChain (Imagem: THORYield, Messari)

Os volumes de negociação do protocolo dispararam para US$ 540 milhões em março — um aumento de quase sete vezes em comparação aos meses anteriores. Apesar desse aumento mensal, os volumes negociados na THORSwap ainda registram menos de 1% dos volumes de DEXs entre as redes Ethereum, xDai, Polygon, Optimism, BSC e Solana, refletindo um mercado bem aquecido.

Além disso, já que a THORSwap é compatível com ativos nativos em diversas blockchains, compete com corretoras descentralizadas e centralizadas — corretoras centralizadas (ou CEXs) registraram quase US$ 400 bilhões de volume mensal. Se a THORSwap capturar uma pequena fração dos volumes negociados por CEXs, será uma das maiores DEXs por volume negociado.

Volumes negociados por CEXs e DEXs: Corretoras centralizadas processam grande parte dos volumes negociados (Imagem: The Block, Messari)

Tokeconomia

Mercados dinâmicos exigem liquidez e atividade de negociação. O ecossistema THORChain atende esses requisitos com os tokens RUNE e THOR, respectivamente. RUNE foi criado para incentivar a liquidez.

Já THOR é o token nativo de governança e o utility token da THORSwap e, assim, incentiva a atividade de negociação. Esses tokens são complementares, criando um mercado equilibrado em que participantes são adequadamente incentivados.

Tokeconomia do token RUNE

A combinação do RUNE nos pools de liquidez da THORChain cria um mecanismo exclusivo de acúmulo de valor para o token. Em cada pool de liquidez, US$ 1 de RUNE é vinculado a cada US$ 1 em ativos depositados. Por exemplo, US$ 100 em bitcoins depositados são vinculados a US$ 100 em RUNE.

Porém, para garantir a segurança da rede, a THORChain exige que validadores depositem mais RUNE para que US$ 2 em RUNE estejam vinculados a cada US$ 1 em ativos depositados. Assim, o RUNE dos fornecedores de liquidez e THORNodes valerá, em dólares, o triplo dos ativos depositados.

Em outras palavras, cada US$ 1 em ativos possui garantias excedentes por US$ 3 em RUNE (refletindo o RUNE dos fornecedores de liquidez e dos THORNodes).

Esse recurso possui consequências significativas no preço do RUNE e nos incentivos para armazenamento do token. Por exemplo, se dois bitcoins (considerando um custo de US$ 30 mil por BTC) forem depositados em um pool de liquidez, mais 30 mil RUNEs (considerando um custo de R$ 2 por RUNE) serão depositados.

O pool de liquidez terá 50% em BTC e 50% em RUNE, onde os ativos estarão coletivamente avaliados em US$ 120 mil. Se, por exemplo, o preço do bitcoin subir para US$ 40 mil, mais 10 mil RUNEs serão vinculados para corresponder ao valor em dólares da valorização de preço para dois bitcoins (US$ 20 mil).

Simplificando, quanto mais liquidez for acrescentada aos pools, mais vínculos RUNE terá, reduzindo o fornecimento total de RUNE, criando valor para holders do token.

Exemplo ilustrativo da captação de valor do RUNE: RUNE vinculado e necessário para valer o triplo dos ativos depositados (Imagem: Messari)

Tokeconomia & staking do token THOR

Enquanto o token RUNE incentiva a criação de mercados líquidos, THOR incentiva os volumes negociados. THOR é bastante dominado pela comunidade, pois 65% de seus tokens está alocado a esse grupo.

Esse subconjunto de tokens será emitido ao longo de quatro anos por meio de airdrops, recompensas para fornecedores de liquidez, staking, recompensas por “trade mining” (alocação de um token em uma plataforma específica), descontos em taxas de negociação e mais. 25% dos tokens pertencentes a investidores privados e contribuidores principais serão distribuídos durante 24 meses e 36 meses, respectivamente.

O fornecimento de THOR, limitado a 500 milhões de tokens, irá aumentar durante os primeiros quatro anos após o lançamento do token, traduzindo-se em uma taxa anual de inflação de 125 milhões de tokens. Grande parte das emissões será direcionada a incentivos da comunidade.

Distribuição do token THOR: THOR está limitado a 500 milhões de tokens em que 50% será distribuído a incentivos da comunidade (Imagem: Nansen, Messari)

THOR pode ser colocado em staking em um “vault” para receber vTHOR, permitindo que stakers acumulem 75% da receita do protocolo. A receita restante será direcionada ao caixa da THORSwap e a iniciativas de caridade gerenciadas pela comunidade.

A receita é gerada pelas taxas de conversão de traders, taxas afiliadas à negociação na THORChain, taxas de referência de agregadores e o acúmulo de valor de outros projetos, como THORName e THORChads.

Tokenomics do token THOR: Captação de receita e acúmulo de valor (Imagem: Messari)

A migração para o staking de vTHOR fornece diversos outros benefícios importantes. Primeiro, as recompensas tradicionais por staking aconteciam puramente pelas emissões do “Pool de Incentivos da Comunidade”, que não era algo sustentável no longo prazo. O uso de taxas de negociação, de referência e afiliadas para gerar receita cria um retorno mais sustentável para holders do token.

Usuários da THORSwap que possuem vTHOR também terão direito a descontos em taxas de negociação. Além disso, usuários que fizerem o staking de vTHOR vão receber recompensas diárias que se acumulam automaticamente, sem que o usuário tome qualquer ação.

Por fim, vTHOR também é uma representação combinável e transferível da posição em staking de THOR de um usuário, além de melhorar a utilidade do ativo.

Staking 2.0 de THOR com vTHOR: Staking de vTHOR oferece novos benefícios ao staking unilateral de THOR (Imagem: Messari) 

Roteiro de desenvolvimento da THORSwap 

Atualmente, a THORChain é compatível com uma cesta limitada de criptomoedas nativas e economicamente significativas, como bitcoin e ether. Não está integrada com ativos menores de blockchains independentes (“ativos de cauda longa”).

A ideia é que a THORSwap seja compatível com milhares de ativos de cauda longa ao integrar novas fontes de liquidez além dos que já estão disponíveis em pools da THORChain.

Em outras palavras, a THORSwap irá expandir as integrações a redes de primeira camadas nativas à THORChain para fornecer suporte a uma variedade maior de ativos de cauda longa ao alavancar a liquidez profunda de DEXs entre múltiplas blockchains. Essa atualização pode desbloquear bilhões em volume anual negociado de ativos recém-integrados.

A THORSwap também está fornecendo suporte ao desenvolvimento da Hammer Wallet, uma carteira móvel, nativa, descentralizada e não custodial para todas as blockchains.

O desenvolvimento da Hammer Wallet e de outros aplicativos similares fornecerá uma só carteira para celular com funcionalidade entre blockchains e criará uma receita adicional para stakers de THOR. Por fim, o desenvolvimento de uma API externa irá fornecer um acesso único a todas as fontes de liquidez da THORSwap.

Conclusão

A liquidez centralizada é problemática para a viabilidade a longo prazo dos ativos digitais. Corretoras centralizadas, como Coinbase ou Binance, podem confiscar ativos, sucumbir à supervisão regulatória ou, pior ainda, suspender operações.

Fornecer liquidez entre blockchains de forma descentralizada é, dessa forma, o “cálice sagrado” do desenvolvimento de criptoativos. THORSwap e THORChain oferecem uma solução ao problema da liquidez centralizada e, dessa forma, tentam solucionar um dos problemas mais fundamentais no setor das criptomoedas.

A THORSwap demonstrou ter tido êxito, mas ainda existe um longo e arriscado caminho pela frente, considerando que THORChain sofreu diversos ataques. Essas invasões servem como um lembrete geral de que o processo entre blockchains apresenta bastante complexidade e risco, mas a THORChain também agiu de forma correta.

Durante a antecipação para o lançamento recente da rede principal, a THORChain reforçou seu foco na segurança.

Medidas focadas em segurança incluíram a formalização do programa “caça a falhas” (ou “bug bounty”) de US$ 1 milhão de com a ImmuneFi, auditorias feitas pela Trail of Bits e Halborn Security e o desenvolvimento de ferramentas de monitoramento em tempo real. A própria THORSwap solicitou auditorias para diversos componentes de seu sistema.

Embora THORChain seja descentralizada, o número de nós ativos nunca irá exceder o total de 300, levantando a questão de THORChain ser descentralizada o suficiente. Por fim, o sucesso da THORSwap irá depender de seu futuro multichain. Não há chances de o ecossistema de ativos digitais se consolidar em poucas blockchains.

Apesar do risco, a THORSwap fornece uma verdadeira utilidade, permitindo que usuários convertam ativos nativos à vontade. Suas simples UI/UX vão ajudar a atrair a adesão e a oferecer alternativas acessíveis a corretoras centralizadas.

Além disso, beneficia-se de tokeconomias de alto nível dos tokens RUNE e THOR. Esses tokens vão incentivar liquidez e atividade de negociação suficientes. Conforme é sempre afirmado pela comunidade do protocolo, essa combinação pode fazer com que a THORSwap crie um “buraco negro” de negociações.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Messari Hub.

Quer negociar mais de 200 ativos digitais na maior exchange da América Latina? Conheça o Mercado Bitcoin! Com 3,8 milhões de clientes, a plataforma do MB já movimentou mais de R$ 50 bilhões em trade in. Crie sua conta grátis!