Site do Partido Comunista do Brasil defende moeda digital da China

Yuan digital poderia reduzir poder dos Estados Unidos, segundo o portal
Imagem da matéria: Site do Partido Comunista do Brasil defende moeda digital da China

Foto: Shutterstock

O site Vermelho, ligado ao Partido Comunista do Brasil, acredita que o yuan digital da China e outras Moedas Digitais emitidas por Bancos Centrais (CBDCs) têm papel ‘disruptivo’ e poderiam mudar radicalmente o sistema financeiro mundial.

A tecnologia, segundo matéria publicada nesta semana, diminuiria o papel dos bancos comerciais e poderia ser usada por governos para transferências de renda para cidadãos e para o combate de práticas ilícitas, como a corrupção e o tráfico de drogas.

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Poderia ainda ser uma ferramenta para tirar os Estados Unidos do trono de ‘senhor’ do comércio internacional, muito dependente do dólar. Hoje, de acordo fontes citadas pelo site, cerca de 88% das transações financeiras internacionais são denominadas pela moeda norte-americana, o que dá uma vantagem enorme para o país.

“Com o yuan digital, assim como qualquer outra moeda digital que fosse amplamente aceita, esses problemas desapareceriam, uma vez não seria mais necessário utilizar o dólar e, consequentemente o sistema bancário americano, para o fechamento das operações internacionais”, disse o site.

O portal Vermelho não citou em nenhum momento, no entanto, o outro lado de uma CBDC. Como a The Economist mencionou em matéria publicada neste mês, essas novas moedas poderiam “se tornar panópticos (termo que faz referência a uma vigilância onipresente) para o Estado controlar os cidadãos”.

A publicação, uma das mais importantes do mundo, também escreveu que não é de se admirar que esse novo tipo de tecnologia esteja tão em alta na China, uma nação conhecida por controlar seus cidadãos e a circulação de informações.

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O país aisático não tem medido esforços para promover e internacionalizar o yuan digital, que já é usado para pagar funcionários grandes varejistas. Por outro lado, vive uma relação conturbada o BTC e as altcoins.

Na semana passada, por exemplo, a China reiterou que bancos e empresas de pagamentos estão proibidas de oferecer para clientes serviços relacionados a criptomoedas.

Além disso, o Conselho do país também fala em reprimir mineração e a negociação de bitcoin. Todo essa movimentação abalou o mercado de criptomoedas, que perdeu bilhões em valor de mercado em apenas alguns dias.