Sistema Swift usará blockchain para pagamentos internacionais em parceria com Bradesco e Itaú

A Swift afirmou que projetará a blockchain com base em um “protótipo conceitual” desenvolvido por ela com a Consensys

Smartphone com conceito de símbolos e ícones de finanças e mercado

Foto: Shutterstock

A rede global de mensagens financeiras Swift anunciou que incorporará um livro-razão (ledger) compartilhado baseado em blockchain à sua infraestrutura, com um foco principal em pagamento internacional em tempo real 24 horas por dia, 7 dias por semana. O projeto conta com participação de bancos como o Itaú e o Bradesco.

Em comunicado, a Swift afirmou que projetará oficialmente a ledger compartilhada com base em um “protótipo conceitual” desenvolvido por ela com a Consensys.

O livro-razão deverá facilitar transações seguras e em tempo real de valor tokenizado regulamentado, utilizando contratos inteligentes para registrar, sequenciar e validar transações. O foco é a interoperabilidade com sistemas financeiros existentes, mantendo os padrões de conformidade da Swift.

A Swift anunciou que está colaborando com mais de 30 instituições financeiras para ter um feedback sobre o livro-razão e, posteriormente, sustentar sua implementação. Entre as empresas parceiras, além dos dois bancos brasileiros, estão o Santander, Bank of America, JPMorgan, BNP Paribas e HSBC.

“A colaboração com a Swift para aprimorar a experiência de pagamentos internacionais é mais uma iniciativa em prol da inovação em serviços financeiros – um foco constante do Bradesco”, disse Marina Veasey, diretora do Bradesco.

O comunicado não deu maiores detalhes da parceria entre a Swift e a Consensys, mas informações da semana passada apontaram que a Swift está experimentando ativamente a migração de seu sistema on-chain usando a Linea, uma blockchain de segunda camada do Ethereum, desenvolvida pela Consensys.

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“Por meio deste conceito de livro-razão inicial, estamos abrindo caminho para que as instituições financeiras elevem a experiência de pagamentos a um novo patamar, com a plataforma comprovada e confiável da Swift no centro da transformação digital do setor”, disse o CEO da Swift, Javier Pérez-Tasso, na conferência Sibos em Frankfurt.

A Swift, sediada na Bélgica, também planeja dar continuidade a projetos-piloto recentes para tornar seus sistemas “interoperáveis”, com novos sistemas surgindo para stablecoins, depósitos bancários tokenizados e moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), que estão sendo desenvolvidos por países como a China e o Banco Central Europeu.

A rede da Swift hoje opera em mais de 200 países e conecta mais de 11 mil instituições financeiras, com transações de trilhões de dólares todos os dias.

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