Secretário de Haddad defende IOF para criptomoedas usadas em operação de câmbio

Executivo disse que é preciso criar uma regulamentação que dê o mesmo tratamento tributário quando as criptomoedas são usadas para câmbio

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O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, defendeu em entrevista ao jornal Folha de São Paulo a alíquota de 17,5% para transações com criptomoedas e citou especificamente questões relacionadas ao uso de stablecoins

O executivo disse que, diante de um cenário no qual empresas usam stablecoins para fazer remessas de dólar, é preciso criar uma regulamentação que dê o mesmo tratamento tributário quando as criptomoedas são usadas para operação de câmbio.

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Sobre a alíquota geral de 17,5% para todas as aplicações financeiras, Barbosa Pinto disse que isso irá criar mais igualdade no mercado: “Uniformizamos as alíquotas para deixar que o investidor decida qual a melhor forma de investimento, de acordo com os méritos de cada alternativa, e não forçar o investidor para um caminho ou outro mediante a tributação”.

Consultas públicas do BC

O Banco Central (BC) abriu uma consulta pública entre o final de 2024 e março deste ano para saber a opinião do mercado cripto e de outros agentes interessados sobre o setor de stablecoins. 

Na minua apresentada pelo BC, a proposta mais criticada pelo mercado foi a de proibir a autocustódia de stablecoins: “[É] vedado à prestadora de serviços de ativos virtuais efetuar transmissão de ativo virtual denominado em moeda estrangeira para carteira autocustodiada”.

O que o mercado entendeu na prática é que, caso seja aprovada a regra, estaria proibido enviar stablecoins como USDT da conta da corretora para uma carteira de autocustódia do cliente. Com a pressão do mercado, a expectativa é que o BC descarte esta medida.